Com a intenção de fomentar e melhorar a estrutura de espaços culturais, o governo do Estado vai reformar o Marco (Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul) e a Concha Acústica, em estruturas que ficam dentro do Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. Ao todo os investimentos nas duas obras chegam a mais R$ 300 mil.
As obras fazem parte do pacote de investimentos lançado pelo governador Reinaldo Azambuja, que só em reformas de locais que fazem parte do patrimônio cultural do Estado chegam a R$ 18,6 milhões. Elas estão dentro do programa “Retomada MS”, que são medidas para ajudar os setores que mais tiveram prejuízos durante a pandemia.
A reforma no Marco terá um investimento de R$ 130 mil para pintura do local e R$ 56.720,00 na troca do telhado, que precisava de reparação. O Museu conta com uma área construída de 4000 m², e dispõe de 5 salas de exposição, sendo uma com mostra permanente de obras de seu acervo, já as outras são temporárias que compõe a programação anual do espaço.
A coordenadora do Marco, Lúcia Monte Serrat, ressaltou que esta obra será importante para o espaço. “Era uma demanda do local que vai ser atendida pelo governo. A parte do telhado do auditório caiu em função de chuva fortes e esta área teve que ser interditada. O nosso acervo permanente teve que ser desmontado e guardado”.
Ela ressaltou que o museu está fechado devido a pandemia, mas que a intenção é depois da obra de reforma concluída, possa estar apto a abrir e funcionar, com a reabertura das atividades. O Marco conta atualmente com 1,6 mil obras em diversas modalidades artísticas “Estamos ansiosos para deixar tudo no local adequado e voltar a receber as obras temporárias, assim como manter ao acervo permanente”.
Concha Acústica
Inaugurada em 2004, a Concha Acústica Helena Meirelles é um espaço que já caiu nas graças da população e tem um público cativo nos eventos e apresentações no Parque das Nações Indígenas. O loca vai receber uma reforma no seu espaço externo, no valor de R$ 120 mil.
“Enviamos ao governo o que precisa ser melhorado aqui e acredito que a reforma terá o foco na área externa, com melhorias na arquibancada, palco e na retirada dos grids do palco, assim como pintura destes espaços”, destacou a coordenadora da Concha, Wanda Ribeiro.
Ela explicou que na parte interna do local, como recepção, administração e camarins já houve melhorias e pintura, assim como doações de móveis e objetos para tornar o local mais adequado. O espaço conta com cinco camarins, todos bem cuidados e decorados, cada um com nome de um disco de Helena Meirelles.
Coordenadora da Concha Acústica, Wânia Ribeiro (Foto: Leonardo Rocha)
“É uma forma de homenagem e de recordar a história desta grande artista. Temos quadros da sua discografia e fazemos a devida manutenção”. O local vai receber em setembro a edição do “Som da Concha”, em formato de live, no entanto a arquibancada já está demarcada, caso permita a participação de público neste período.
Som na Concha em fevereiro de 2020, antes da pandemia (Foto: Arquivo)
A expectativa é que os shows e apresentações regulares voltem a partir do ano que vem, seguindo a programação de eventos aos domingos, a cada 15 dias. O local ainda pode ser usado por entidades, associações, igrejas e artistas. “Quando for liberado devido a pandemia, é só seguir as regras como ofício para Fundação de Cultura, agendamento e cumprir os protocolos do local”, explicou Ribeiro.
A Concha conta com dois auditórios, o primeiro para 1.050 pessoas e o segundo com 450 lugares, dispondo de toda estrutura necessária. “Nosso público principal é de famílias e pessoas que frequentam o Parque nos finais de semana. Podem ter dois eventos ao mesmo tempo, separados”, destacou a coordenadora.
Leonardo Rocha, Subcom
Fotos: Saul Schramm