Campo Grande (MS) – Em celebração ao Dia do Cinema Brasileiro (19 de junho), o MIS realiza uma programação especial com exibição de filmes, oficinas e bate papo, de 17 a 19 de junho. Nesta edição, a curadoria dos filmes será realizada pelo Cine Café. As atividades são abertas ao público em geral, com entrada franca.
Desde os anos 1970 comemora-se no dia 19 de junho o Dia do Cinema Brasileiro, em alusão à chegada do cinegrafista italiano Affonso Segretto ao Brasil e às imagens que fez a bordo do navio Brésil. Prestes a desembarcar no Rio de Janeiro vindo da Europa, o cinegrafista filmou sua chegada ao País. Era 19 de junho de 1898. Talvez ele não soubesse, mas fez um registro pioneiro de imagens em movimento em território brasileiro. Batizado de “Uma vista da Baia de Guanabara”, a filmagem não sobreviveu ao tempo. (Fonte: Portal Brasil).
A programação começa no dia 17, segunda-feira, das 8 às 16 horas, com a Formação em Educomunicação – Cinema na Escola. A formação é uma parceria Fundação de Cultura e do MIS com a Semed com intuito de formar professores para incentivar alunos a produzir filmes nas escolas estaduais. Trata-se de um processo de formação em cinema. Este já o quarto encontro da Formação em Educação, que acontece desde fevereiro.
Ainda no dia 17, às 17 horas, será reexibido o Festival do Minuto. Criado em 1991, o Festival do Minuto trabalha com a seleção de imagens em movimento – de amadores e profissionais – para o exercício da síntese em trabalhos com duração máxima de 60 segundos. Ele foi o pioneiro no formato no mundo, tendo inspirado a criação de Festivais do Minuto em mais de 50 países.
Serão exibidos vídeos feitos em todo o Brasil e no mundo, com curadoria do Festival do Minuto, que selecionou os melhores minutos do ano anterior para exibição gratuita em centenas de museus e locais de difusão cultural por todo o Brasil, Este ano, 2019, o Festival oferece duas mostras: os Melhores Minutos de 2018 e os de 2017 com produções de até um minuto feitas por realizadores que foram destacados pela curadoria ao longo do ano.
Às 19 horas, o MIS exibe “O Cheiro do Ralo”, comédia dirigida por Heitor Dhalia com classificação de 14 anos. O filme conta a história de Lourenço (Selton Mello), dono de uma loja que compra objetos usados. Aos poucos ele desenvolve um jogo com seus clientes, trocando a frieza pelo prazer que sente ao explorá-los, já que sempre estão em sérias dificuldades financeiras. Ao mesmo tempo Lourenço passa a ver as pessoas como se estivessem à venda, identificando-as através de uma característica ou um objeto que lhe é oferecido. Incomodado com o permanente e fedorento cheiro do ralo que existe em sua loja, Lourenço vê seu mundo ruir quando é obrigado a se relacionar com uma das pessoas que julgava controlar.
Na terça-feira, dia 18, das 14 às 17 horas, será realizada a Oficina Monólogos e Diálogos de Cinema, com Filipe Silveira. Cada participante deve trazer um monólogo ou as duplas devem trazer cenas, de até cinco minutos. As cenas serão apresentadas para o diretor e posteriormente refilmadas. O resultado do processo será exibido para a turma na sala do MIS. Serão oferecidas dez vagas. As inscrições podem ser feitas no link a seguir: https://forms.gle/h5YdQZb9tA6kbkC39
Às 17h30, Carol Sartomen ministra o workshop “Como montar um Cineclube”. Serão oferecidas 30 vagas (inscrições aqui: https://forms.gle/pQzeuHShvjEmiAju9). Carol Sartomen integra o Conselho Nacional do Cineclube e vai dar orientações tanto para quem quer montar um cineclube quanto para quem já tem um e deseja obter mais possibilidades com o seu projeto. Ela vai dar subsídios de como acessar filmes para serem exibidos gratuitamente e vai explicar os objetivos de um cineclube, que é mais um espaço de formação, e não apenas de exibição. Os cineclubes, a partir das exibições, criam debates ou contestação sobre uma determinada situação da atualidade. É uma junção de pessoas idealistas que acreditam no papel formador do cinema.
Às 19 horas será exibido o filme “A erva do rato”, no Cine Café especial, com classificação de 16 anos. Neste drama dirigido por Júlio Bressane, um homem (Selton Mello) propõe a uma mulher (Alessandra Negrini) que cuide dela, após se conhecerem em um cemitério a beira-mar. Ela aceita a oferta, o que faz com que morem juntos. Durante um longo tempo ele conta histórias sobre a geografia do Rio de Janeiro, os venenos preparados pelos índios e a mitologia grega. Até que, notando o cansaço dela, ele decide comprar uma câmera fotográfica. Ela logo se torna sua musa, sendo o foco principal de todas as suas fotos. Quando descobre que um rato está roendo as fotografias tiradas, ele espalha pela casa diversas ratoeiras. Mas aos poucos descobre que o animal não é tão indesejado assim.
No dia 19, às 14 horas, acontece o projeto Sons do Museu, em parceria com o curso de música da UFMS. O objetivo é promover o contato de jovens estudantes de escolas públicas e particulares com linguagens musicais variadas e a diversificação de ações educativas do museu, abrindo espaço para profissionais da área da música. As apresentações dos artistas são gratuitas e com caráter de concerto didático, sendo as obras executadas na programação comentadas pelos músicos.
Para o responsável pelo projeto, Pieter Rahmeier, e para o coordenador, Rodrigo Gustavo Penha, “Os Sons do Museu” proporciona o encontro dos jovens com músicos eruditos e populares e oportuniza o início do aprendizado das linguagens musicais, por meio de apresentações didáticas que irão ampliar o conhecimento de cada um, funcionando como estímulo para que a curiosidade no universo musical seja despertada.
Encerrando a programação, às 19 horas, o MIS exibe “Caingangue – A pontaria do diabo” (classificação livre), no Cine Café Especial, com a presença do ator David Cardoso. A direção deste faroeste é de Carlos Hugo Christensen, e tem no elenco Sérgio Britto, Pedro Aguinaga e o próprio David Cardoso. O filme conta a história de um jovem criado pelos índios caingangues, após ver seu pai ser assassinado em uma disputa de terras no Mato Grosso. Ele cresce e se torna o temível pistoleiro, conhecido pelo nome da tribo que o acolheu: Caingangue. Já adulto, ele resolve voltar para sua terra natal e descobre que o mandante da morte de seu pai se tornou o latifundiário mais poderoso da região.
Serviço: O MIS fica no Memorial da Cultura e da Cidadania, na avenida Fernando Correa da Costa, 559 Centro, no terceiro andar. Telefone: (67) 3316-9178.
Fotos: Divulgação dos filmes