Campo Grande (MS) – Com ações voltadas para a reflexão do mês da Consciência Negra, acontece a mostra coletiva “Novembro Negro – Expressões Culturais Afro-brasileiras” no dia 10/11 (sexta-feira) às 19h no Centro Cultural José Octavio Guizzo. A mostra ficará aberta ao público até 17/11. O evento é uma realização da Gerência de Difusão de Programas Culturais da Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul, por intermédio do Núcleo de Artes Visuais em parceria com o Conselho dos Direitos do Negro, do Fórum Permanente das Entidades do Movimento Negro, da Subsecretaria da Promoção da Igualdade Racial e Secretaria de Cultura e Cidadania.
Durante o evento irão haver as mais variadas expressões artísticas: performance, poesia Rapper, arte visual, representações coletivas com tecidos, como o Projeto ABAYOMI/Bonecas Pretas, Os Turbantes/Customização, instrumentos sonoros como os Berimbaus e suas gingas, de alguns grupos de Capoeira e a oficina “o Desenho pela Palavra”.
Já nos dias 13 e 14 das 9h30 às 11h30 acontece a oficina “O Desenho pela palavra” na Biblioteca Isaías Paim que será ministrada por Galvão Pretto e Melly Sena.
Temos o quê pensar sobre expressões como: Black Friday, A nota preta, Agosto Lilás, Setembro Amarelo, Outubro Rosa, e por que não “Novembro Negro”? Neste mês que no seu curso traz ações que reverberam a existência passada, com referências a um sistema escravocrata brasileiro, que legou a nossa sociedade e principalmente aos descendentes de matriz africana na diáspora brasileira, muitas dificuldades de sobrevivência humana e social e que conduziram a desdobramentos lastimáveis.
O Brasil aponta, busca e deve reparações, mesmo com conquistas ainda tímidas. Esta Coletiva apresenta ao público, a potencialidade dos jovens artistas presentes, a segurança dos mais experientes, cada um com suas linguagens artísticas, referenciadas a questão principal como são os danosos efeitos raciais e desiguais, para esse grupamento social. Entretanto, agindo com resiliência, mesmo que na maioria do trajeto, com a face da invisibilidade racial atingindo duramente, por vários aspectos, seus avanços, como que historicamente, não fizesse parte da construção laboriosa deste País.
Politicamente por instrução, o Brasil está na década dos Afrodescendentes, e deverá avançar para o reconhecimento, com justiça e propiciar mais desenvolvimento aos que estão nesta diáspora, refletindo todo esse processo, que caracterizou este panorama social.
Para o curador da mostra e gestor de arte e cultura da Fundação de Cultura, Ilacir Galvão, o objetivo da mostra é tornar mais visível as possibilidades alternativas culturais de afrodescendência. “Essa coletiva apresenta ao público expressões culturais afro-brasileiras revelando a potencialidade dos jovens artistas negros e a segurança dos mais experientes cada um com suas linguagens artísticas”, aponta Galvão.
Serviço: A mostra coletiva “Novembro Negro – Expressões Culturais Afrobrasileiras” terá sua abertura no dia 10/07 com atividades artísticas e culturais às 19h no Centro Cultural José Octávio Guizzo e estará aberta ao público até o dia 17/11. Já nos dias 13 e 14 das 9h30 às 11h30 acontece a oficina “O Desenho pela palavra” na Biblioteca Isaías Paim que será ministrada por Galvão Pretto e Melly Sena.