O Museu da Imagem e do Som, unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, iniciou no último sábado (24) a Oficina Gratuita de Frame a Frame e Rotoscopia, com o professor doutor Régis Rasia. A Oficina reuniu um público diverso e mostrou que a animação não é apenas “coisa de criança”.
O professor doutor Régis Rasia disse que os participantes da Oficina são a maioria já profissionais que já atuam na área. “É um público bem diverso, até porque a animação, ela abrange desde o infantil até o mais adulto. A gente achar que a animação é só para criança é um grande equívoco, porque hoje a animação pode ser tanto usada para um filme hiper reflexivo para adulto quanto, até para falar de algumas metáforas para o público infantil. Nesse sentido, acho que o público é bastante variado, assim, sobretudo, deve ter um grupo de pessoas que varia aí dos seus 16 aos seus 20 e poucos anos, e sala cheia. A animação geralmente envolve grupo de pessoas interessadas com algumas coisas que são vinculadas às técnicas, então desenho animado é uma coisa, stop motion é outra, rotoscopia é outra, assim como animação digital também, então a animação tem um pouco essa categoria de criar esses nichos de rostos, de pesquisa, de paixões mais específicas”.
No primeiro dia do curso, que vai até o próximo sábado, dia 31 de maio, foi feita uma introdução, animação, um pouco também do que é o frame a frame, e foram exibidos alguns filmes e foram dadas algumas introduções sobre a estética do que é o frame a frame e a rotoscopia. “A rotoscopia é uma técnica de animação que usa uma base real, ou seja, você tem um vídeo e você desenha por cima desse vídeo. Você pode usar tanto a combinação do vídeo com o desenho como pode isolar isso só o desenho. Então a gente praticamente hoje falou desse percurso histórico da animação de rotoscopia que começa em 1916, 1917, com dois irmãos, irmãos Fleischer, que patenteiam uma tecnologia e essa tecnologia vai servir então de referência para vários outros filmes, Branca de Neve, da Disney usou, obras contemporâneas usaram e alguns artistas fazem da rotoscopia um monte de expressão artística. Então nossa introdução faz mais nesse sentido, agora a gente vai falar do traço digital que a gente está falando exatamente disso, da animação em digital, a mídia digital que a gente vai usar no caso Photoshop. E dentro desse escopo, a gente então vai começar a decifrar um pouco o que é essa aplicação da técnica, porque a animação é muito globalizada na técnica, o uso de uma tecnologia também como técnica”.
Uma das participantes da oficina, Taylla Carolina Alves, está estudando para prestar vestibular para audiovisual. Ela vê o curso como uma oportunidade para colocar em prática algo que ela só vê na teoria. “A gente aprendeu conceitos de animação e rotoscopia. Até agora a gente viu alguns filmes e vídeos e agora no período da tarde a gente vai colocar em prática. A gente vai fazer algumas animações”.
Luara Dantas é multiartista e trabalha bastante no meio dos NFT, que é uma arte criptografada. Ela decidiu fazer o curso porque acha que é uma área muito interessante para compor seus trabalhos no mundo dos NFTs. “E também já faço algumas animações, alguns gifs e aí eu queria aprender mais sobre esse meio da animação. Eu estou achando incrível, aprendi novos conceitos e ideias, por mais que eu já fazia essas ideias a partir de experimentações hoje eu estou aprendendo os conceitos mais técnicos”.
Texto e foto: Karina Lima