A economia dos bens simbólicos, recentemente nominada como Economia Criativa, é aquela que corresponde ao delicado equilíbrio de imperativos econômicos e o patrimônio cultural da nação. Além disso, essa nova economia tem sido apresentada como a estratégia de desenvolvimento mais significativa da última década.
O observatório Itaú Cultural estima que economia da cultura e das indústrias criativas (ECIC) do Brasil tenha movimentado nos últimos anos cerca de R$ 230,14 bilhões, equivalente a 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB). Além do potencial econômico dos chamados setores criativos, tem-se ainda a ampliação da dimensão ocupacional, ou seja, dos profissionais que atual nos setores criativos.
Essa é a temática do mais recente trabalho do pesquisador e produtor cultural, Adriano Castro. A publicação intitulada “Pantanal Território Criativo: panorama relacional da economia dos bens simbólicos a partir do artesanato sul-mato-grossense” tem o apoio do Fundo de Investimentos Culturais (FIC/MS), por meio da Fundação de Cultura e Estado de Mato Grosso do Sul e está disponível para download no repositório do projeto e-Criativo, no endereço www.portalecriativo.com.br .
A publicação, prefaciada pelo Dr. Elcio Benini (UFMS) e disponibilizada na modalidade e-book, é fruto de pesquisa cultural que focalizou a produção do artesanato sul-mato-grossense a partir do olhar da economia dos bens simbólicos e foi realizada em 07 municípios que estão inseridos na mesorregião pantanais-sul-mato-grossense, conforme definição do IBGE.
A pesquisa teve caráter exploratório, quali-quantitativo, e objetivou mapear e caracterizar o arranjo setorial da cadeia do artesanato, o qual constitui um dos mais importantes setores da chamada economia simbólico-criativa de Mato Grosso do Sul. A publicação reúne ainda dados estatísticos e proposições de inteligência setorial, contemplando as potencialidades da dimensão simbólica, cultural e econômica do artesanato pantaneiro sul-mato-grossense.
Para o autor, Adriano Castro, a publicação é inovadora em várias frentes. “A pesquisa aborda aspectos econômicos da produção do artesanato. Entretanto essa abordagem é relacional, por compreender vários municípios da região do pantanal e com características socioeconômicas bastante plurais. No mesmo sentido, apresenta algumas das iniciativas levantadas no estudo de campo, com destaque para os trabalhos em argila, fios, tecidos, sementes, couro, fibras naturais dentre outros”.
Outro dado importante refere-se à baixa formalidade dos empreendimentos criativos do artesanato. “A economia criativa brasileira é um mix de formalidade-informalidade, ou seja, esbarra em limitações metodológicas e na ausência de políticas públicas específicas para incentivar a formalização destes empreendimentos, ações fundamentais para obtenção de dados mais específicos sobre as potencialidades dos setores criativos, em especial, nos municípios de Mato Grosso do Sul”, finaliza Adriano.
Serviço:
e-Book “Pantanal Território Criativo”
Disponível em: www.portalecriativo.com.br
adriano.castro@ufms.br