Publicado em 28 out 2025 • por Karina Medeiros de Lima •
O projeto Cine Mulheres, Glauces e Leilas vai exibir nesta quarta-feira (29), a partir das 18h30, no Museu da Imagem e do Som, o filme “Leila Diniz”, de 1987, de Luiz Carlos Lacerda, classificação indicativa 12 anos. O evento é aberto ao público e a entrada é gratuita.
O objetivo é homenagear Leila Diniz, uma mulher “única, inexplicável e de estilo próprio, uma das mais lendárias artistas brasileiras. Leila foi considerada subversiva pelo governo militar. Sinopse: Leila Diniz viveu intensamente, causando os maiores escândalos de sua época e quebrando tabus sociais, mas se transformou na maior estrela brasileira. Perseguida pelo regime militar, a atriz morreu prematuramente em um acidente aéreo em 1972.
O projeto de extensão “Cine Mulheres, Glauces e Leilas é coordenado pela professora Jacy Curado, da UFMS e faz parte de um diálogo entre arte, psicologia e comunicação visando a promoção de saúde e a criação de processos de sensibilização de problemas psicossociais, assim como o empoderamento de grupos vulneráveis, entendendo como uma forma de tomada de consciência das forças e sistemas de opressão como patriarcado, racismo, sexismo entre outros. A modalidade do projeto é a de um Cineclube, que possui a finalidade de promover a divulgação, pesquisa e debate do cinema e da produção audiovisual. As homenageadas pelo projeto, são grandes mulheres do cinema brasileiro com trajetórias incríveis de emancipação e de resistência no processo de redemocratização do pais.
“Glauce Rocha, nascida em Campo Grande, Mato Grosso do Sul em 1933, uma figura emblemática do cinema brasileiro, e Leila Diniz, nascida em Niterói em 1945, que se tornou um mito em torno da mulher revolucionária, que rompeu tabus e convenções através de suas ideias e, especialmente, de suas atitudes. Os legados dessas duas atrizes irão inspirar nosso projeto. A relevância desse projeto tem múltiplos destinatários, a principal seria criar um espaço para mulheres compartilharem suas vivências e experiências de vida. E a ampliação e fortalecimento das abordagens psicossociais de atendimento à população em uma perspectiva preventiva e de promoção de saúde”, diz a coordenadora, Jacy Curado.
Ao todo serão projetados 12 filmes no período de 18 meses, escolhidos por uma curadoria de cinema junto aos membros da equipe do projeto. “Os temas que iremos abordar serão os que tem uma perspectiva psicossocial, como relacionamentos afetivos, sexualidade, questão racial, desigualdade de gênero, trabalho precário, etarismo, solidão, solitute, solteirice, participação política, democracia entre outros. A equipe do projeto éá composta por membros docentes da UFMS dos cursos de psicologia, direito e audiovisual e comunicação e estudantes dos cursos de graduação em jornalismo, psicologia e audiovisual. As sessões serão realizadas mensalmente na sala de projeção do Museu de Imagem e Som (MIS). Como resultado esperamos produzir novos sentidos para os problemas psicossociais a partir da cinematografia apresentada atribuídos pelos (as) participantes. Fortalecer uma metodologia dialógica entre cinema, psicologia e comunicação, e a produção de material didático sobre essa abordagem. E finalmente contribuir com a distribuição e acessibilidade de filmes especializados, nem sempre disponíveis nos circuitos comerciais para a comunidade acadêmica e externa, especialmente as mulheres”, afirma Jacy.
A exibição desta quarta-feira (29 será a segunda do projeto. O evento é aberto ao público e a entrada é gratuita. O MIS fica no 3º andar do Memorial da Cultura e da Cidadania, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, Centro.
Texto: Karina Lima
Fotos: Projeto Cine Mulheres, Glauces e Leilas
