Publicado em 07 out 2025 • por Lucas Castro •
Entre as atividades da Bienal Pantanal, 1ª Bienal do Livro de Mato Grosso do Sul, nesta segunda-feira (6), o Professor Doutor em Jornalismo Gerson Luís Martins discutiu o tema: As mídias tradicionais e os novos espaços de informação e comunicação, durante palestra realizada no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande. A ação integrou a programação do evento, que segue até o dia 12 de outubro com debates, lançamentos e ações voltadas à literatura, à cultura e à tecnologia.
A Bienal Pantanal é uma correalização entre o Ministério da Cultura e o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura e FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul).
A Bienal está estruturada em dois eixos temáticos. O primeiro, “Territórios, culturas e geopolítica”, propõe reflexões sobre o Pantanal como paisagem que molda identidades e expressões culturais. O segundo, “Tecnologias digitais, sociedade e mercado: o mundo contemporâneo”, aborda o papel das novas tecnologias na produção literária e na preservação de identidades locais em um contexto globalizado, além de analisar o impacto das Big Techs nas diversas dimensões da vida social.
Inserida no segundo eixo temático da Bienal, a palestra: As mídias tradicionais e os novos espaços de informação e comunicação abordou as transformações nos modos de produzir e consumir conteúdo cultural e informativo, com destaque para a influência das tecnologias digitais na sociedade contemporânea. Sobre a importância da temática para a primeira Bienal do Livro de MS, o palestrante descascou:
“Por exemplo, a literatura, qual é o suporte básico ou tradicional da literatura? O papel. Hoje temos inúmeros livros digitais. E o que é o livro digital? Nada mais é do que um software. Todo esse contexto da sociedade do software é importante para todos que se interessam por cultura, literatura, cinema e música. Tudo isso envolve cultura digital. Por isso, acredito que é um tema essencial dentro do contexto da Bienal”.
Entre os presentes, o jornalista Gerson Canhete Jara, de 59 anos, repórter da TV Educativa e diretor da região Centro-Oeste da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), elogiou a relevância da discussão.
“Achei muito importante a iniciativa de incluir essa temática sobre tecnologia digital na Bienal do Livro, porque é um debate que vivenciamos diariamente e que ainda gera muitas dúvidas. Uma delas é até onde vai o software como domínio privado e até onde prevalece o interesse público. Também refletimos sobre nossa profissão enquanto jornalistas: a credibilidade, a qualidade e o processo de disseminação da informação como técnica e procedimento científico. Toda essa discussão apresentada pelo professor Gerson é muito pertinente. Parabéns pela organização”, afirmou.
Outro participante foi o universitário Marcos Antonio Rezende, de 26 anos, estudante de Geografia na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), que viajou de Dourados para prestigiar a primeira Bienal do Livro do Estado.
“É o segundo dia da Bienal e me interessei pelo jornalismo por curiosidade de entender o que há por trás dos bastidores da informação. Vi a palestra na programação e escolhi assistir para aprender algo novo. Gostei muito dos conceitos abordados e das diferenciações apresentadas, que mostraram o quanto, muitas vezes, estamos desinformados. Por exemplo, o palestrante explicou que não existe ‘fake news’, e sim desinformação. É como diz o ditado: enquanto a verdade calça os sapatos, a mentira já deu a volta ao mundo. Notícia é notícia”, refletiu o estudante.
A Bienal Pantanal segue até o dia 12 de outubro com uma programação diversificada, reafirmando o papel da literatura como ferramentas de transformação social.
Para mais informações acesse o site: https://www.bienalpantanal.com.br/
Bel Manvailer, Comunicação Setesc
Fotos: Daniel Reino/ Comunicação Setesc