Campo Grande (MS) – A Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (SECTEI) lançou na manhã de ontem (7), a 16ª edição do Festival de Inverno de Bonito (FIB) no gabinete do governado Reinaldo Azambuja. Na ocasião estiveram presentes artistas, políticos e gestores culturais ansiosos por conhecer a programação deste que é uma das maiores vitrines culturais da produção artística sul-mato-grossense e nacional.
Este ano, a idealização da programação do Festival de Inverno de Bonito foi feita coletivamente, contando com a participação da comunidade bonitense, artistas sul-mato-grossenses, gestores culturais do Estado e do município anfitrião da grande festa cultural. Teve ainda um grande envolvimento do compositor Almir Sater, que diante da possibilidade de cancelamento do festival devido à crise econômica nacional, teve uma mobilização decisiva formatação do evento.
“Fizemos uma audiência pública na cidade e obtivemos um consenso na programação. Conseguimos um bom equilíbrio entre as atrações nacionais e locais, buscando sempre a valorização dos artistas sul-mato-grossenses”, explicou o secretário de cultura, turismo, empreendedorismo e inovação, Athayde Nery.
Segundo o governador Reinaldo Azambuja, a execução desta edição só foi possível porque o governo do Estado contou com grandes parceiros, especialmente de empresas locais. Para ele, o uso da criatividade e solidariedade dos artistas foi o principal estímulo para dar continuidade ao evento em 2015.
Os artistas presentes também comemoraram a programação, que apesar de mais enxuta, primou pela qualidade artística. “O que a programação apresenta, amplia as perspectivas dos artistas e o cachê melhorado deu um grande auxílio para que participará do FIB 2015. Será um pagamento mais justo e isso mostra um olhar mais cuidadoso com a produção local”, afirmou o diretor de teatro Anderson Lima.
Em concordância com a fala do governador, o compositor Paulo Simões também acredita que a crise apresentou novas oportunidades para os artistas locais. “Nunca houve um equilíbrio tão grande entre os artistas nacionais e locais. Já era tempo de isso acontecer. Parabéns para as pessoas que decidiram pela continuidade do festival, pois seu cancelamento faria despencar a credibilidade do governo, seria um crime contra do patrimônio cultural de MS e diminuiria a autoestima de quem aqui vive. Será um festival ‘pobre’, mas rico de alma e emoções”, defendeu Simões.
A compositora Lenilde Ramos, lembrou ainda, que a ideia original do FIB sempre foi o de alavancar a visibilidade dos artistas sul-mato-grossenses, mas esta perspectiva foi perdida com o passar dos anos. Para ela, resgatar este objetivo inicial é de fundamental importância. “O povo sul-mato-grossense pouco conhece a produção artística do Estado. Quem ganha ao retomar esse conceito é o governo estadual”, acredita o músico Márcio de Camilo. E para o cantor Jerry Espíndola, esta será uma das melhores edições do festival pois está sendo pensado com conceito e uma maior qualidade na programação.
A secretária adjunta da SECTEI André Freire acredita na sensibilidade do governador para a cultura e sua preocupação de colocar a identidade de MS no centro do governo estadual. “Ele mostra uma autenticidade neste sentido e o festival prestigiará a cultura de raiz sem deixar o contemporâneo de lado”, finalizou.