Campo Grande (MS) – Além de cultura, o 12º Festival América do Sul Pantanal vai ser feito de história. O evento que será realizado pelo Governo de Mato Grosso do Sul em Corumbá, entre os dias 20 e 22 de agosto, vai dar ao público a oportunidade de conhecer os quadros do artista plástico Humberto Espíndola que formam a exposição “A Divisão do Estado”. “Foram pintados durante a emoção da divisão de Mato Grosso. Não é história contada, é história vivida”, falou o artista.
As oito telas da exposição fazem parte da história e da cultura sul-mato-grossense. Pintadas em 1978, elas revelam elementos nacionais e regionais, como o boi, que faz parte da Bovinocultura – estilo criado por Humberto. “Cada quadro tem uma crítica e uma explicação. A exposição é bem didática, interessante e desperta bastante o interesse de estudantes universitários e professores”, comentou Humberto.
De propriedade do Governo do Estado, o acervo faz parte do catálogo de obras do Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul (Marco) e pela primeira vez será exposto em Corumbá, durante o festival América do Sul Pantanal, que este ano tem como ideal o resgate da cultural regional.
Para Humberto, a remodelagem do evento depois de 12 anos tem que ser comemorada. “Apesar de eu achar que o artista é universal, a retomada do foco da regionalidade nesse festival é importante para manter viva a chama dos nossos costumes”, afirmou.
Quem quiser conferir de perto os quadros da exposição “A Divisão do Estado” deve prestigiar o 12º Festival América do Sul Pantanal, em Corumbá. As telas vão ficar expostas no Sesc Corumbá no dia 20 de agosto, das 17h30 às 22h, e no dia 22 de agosto, das 10h às 22h.
Festival América do Sul Pantanal
O Festival América Do Sul Pantanal é um passo importante rumo à integração cultural e física do continente sul-americano. O objetivo é reunir os países, permitir que se conheçam e que criem e fortaleçam relações, com manifestações artísticas culturais e espaço privilegiado para o pensamento e debate de temas latentes como integração, cultura, turismo, empreendedorismo e inovação.
Nesta décima segunda edição, o festival incorporou ao nome a palavra Pantanal. Resignificar o sentido da existência do evento em sua localidade, destacar a singularidade da região no Brasil e no mundo, ampliar as atrações para além de Corumbá, chegar aos vizinhos Ladário e ao território boliviano de Puerto Suárez e Puerto Quijarro são aspectos relevantes de 2015.
O Festival América do Sul Pantanal insere Mato Grosso do Sul na cadeia produtiva do continente e o intensifica como polo irradiador de cultura. É um momento único, raro e necessário para o encontro, afirmação da autonomia, da diversidade e das relações entre os povos e culturas sul-americanas.
Texto: Bruno Chaves
Foto destaque: Arquivo Pessoal/Facebook Humberto Espíndola