Campo Grande (MS) – A Semana do Artesão começa no dia 19 de março, sexta-feira, com a noite cultural: apresentação musical e Feira online. A apresentação será do músico Gideão Dias, diretamente do Auditório do Sebrae, com transmissão ao vivo pelas redes sociais da Fundação de Cultura e do Sebrae, a partir das 18 horas.
Logo em seguida, começa a Feira Mãos que Criam, uma excelente oportunidade para as pessoas adquirirem bonitas peças artesanais a um precinho bem bacana. A Feira este ano será totalmente online. Serão comercializados artigos como bolsas, acessórios e objetos decorativos com a cara da nossa região. Tudo feito com diversos materiais como cerâmica, tecido, biscuit, madeira, entre outros, com muito capricho pelos nossos artesãos.
A artesã Carla Spadoni vai participar da Feira com seus trabalhos em cerâmica e biscuit representando bichos do Pantanal. A Carla já participou da Semana do Artesão em 2018 e 2019, mas desta vez vai ser diferente para ela, porque pela primeira vez a Feira será online. “Achei muito interessante. Adorei a iniciativa da Fundação de Cultura em mais uma vez se preocupar com seus artesãos. As fotos para a Feira foram feitas por um profissional, isso é de grande importância para nós. Estou ansiosa para ver o trabalho final”.
Foto: Acervo da artista
Carla diz que neste período de pandemia as vendas têm sido muito fracas, e a Feira durante a Semana do Artesão vai ajudar a movimentar o setor. “Está tudo muito, muito triste. As vendas estão devagar. Meu estilo de produto depende de turistas. A Feira Mãos que Criam é uma iniciativa válida, é mais uma alternativa para demonstrarmos nosso produto”.
Carla trabalha com cerâmica e biscuit há quatro anos, mas faz artesanato desde criança. “Costumava acompanhar minha mãe em vários cursos, como pintura em tela, flores de seda, modelagem em vidro com durepox. Acho que desde os meus nove ou dez anos eu já gostava dessa área. Depois, quando adulta, fui para a área administrativa, mas sempre fazia uma coisa ou outra na costura, no bordado. Até que em 2017 resolvi investir mais no artesanato, e me apaixonei cada vez mais. Foi quando conheci o biscuit e logo em seguida a cerâmica. Hoje, 90% da minha produção são os bichos do pantanal”.
O artesão Luiz Flávio Vilalba trabalha com madeiras, metais, pedras, argila e resinas, produz esculturas de animais da nossa fauna, de rostos e corpos femininos, e na Feira vai comercializar uma fruteira ou gamela. “Foi uma forma simples mas com uma boa produtividade que encontrei para resgatar e valorizar um pouco nesse caso madeiras lindas que encontramos no dia-a-dia na cidade e às vezes no campo, mas que muitas vezes ou não enxergamos a beleza ou mesmo vendo não temos o que fazer a não ser deixar que a madeira se deteriore onde está”.
Foto: Acervo do artista
Flávio afirma que todo espaço aberto para a arte é importante e válido. “A feira então além de ser um espaço de exposição organizado, que potencializa exposição e vendas, dá força pra manutenção das atividades e creio que também acabamos interagindo com outras ideias e expressões”.
Ele é escultor desde criança, e se cadastrou como artesão porque foi uma porta organizada que encontrou aberta, como ele mesmo diz. “Ao replicar algumas formas em diversos tamanhos nós temos uma atividade artesanal. Eu gosto muito de saber de técnicas antigas de fabricação com diversos tipos de mateira, como eram feitas das formas mais primitivas, à mão. Ao desenvolver a atividade eu observo e testo se existem outros caminhos possíveis e os resultados”.
Como foi para a Carla Spadoni, para o Flávio também durante a pandemia os negócios pararam. “Se não fossem as atividades promovidas pela Fundação de Cultura durante esse tempo creio que teria parado com as atividades ligadas ao artesanato e me dedicado mais a outras atividades que desenvolvo. Porque quando temos que produzir e procurar espaços, os resultados muitas vezes demoram, e como as contas não esperam, é claro, somos forçados a partir pra atividades tradicionais com retornos mais imediatos.
Flávio trabalhou por muitos anos na área da construção civil, teve uma empreiteira e construía casas e até mesmo partes de prédios em condomínios da cidade. “Eu acabei encontrando oportunidades em áreas de construções ecológicas. Eu trabalho com consultoria de desenvolvimento sustentável e estava fazendo uma faculdade de Design. Atualmente paralelo às atividades do artesanato e arte, continuo com a consultoria, e desenvolvendo atividades do design com alguns parceiros, no caso das gamelas e de alguns móveis”.
Para conhecer mais o trabalho da Carla, do Flávio e de todos os nossos criativos artesãos que participam da Feira Mãos que Criam, basta acessar o site https://www.fundacaodecultura.ms.gov.br/feira-de-artesanato/ a partir do dia 19 de março, às 19 horas. O site vai conter as fotos e informações básicas das peças e dos artesãos. Para adquirir as peças, o interessado deve entrar em contato diretamente com o artesão pelo telefone divulgado junto à peça, já com o preço. Prestigie o trabalho dos artesãos sul-mato-grossenses!
Serviço: Transmissão do show de abertura da Semana do Artesão, com Gideão Dias, pelo Facebook e Youtube: Facebook: @fundacaodeculturams | @sebrae.msulYoutube: @fundacaodeculturamsoficial | @canalsebraems
Site da Feira Online Mãos que Criam: https://www.fundacaodecultura.ms.gov.br/feira-de-artesanato/
Mais informações sobre a Semana do Artesão na Gerência de Desenvolvimento de Atividades Artesanais pelo telefone (67) 3316-9107.