Shows musicais reuniram público de 33 mil e cerca de 12 mil pessoas compareceram as oficinas, passeios, espetáculos, seminários, exposições e outras atividades da programação
A 16ª edição do Festival de Inverno de Bonito (FIB) contou com um público de 45 mil pessoas, entre shows musicais e outras atividades da programação do evento. Entre 30 de julho e 2 de agosto, 33 mil pessoas compareceram aos 13 shows musicais realizados no palco da Praça da Liberdade, de acordo com a Polícia Militar (PM). A coordenação do FIB ainda contabilizou 12 mil pessoas que participaram das atividades da programação durante os quatro dias do evento. O primeiro show do festival foi da cantora Delinha (MS), que tocou com a sua banda logo depois da solenidade de abertura do festival, que teve a presença do governador Reinaldo Azambuja, do secretário de estado de cultura, turismo e empreendedorismo e inovação, Athayde Nery, e demais autoridades.
Na sequência, o violeiro Almir Sater tocou os sucessos da carreira durante 1 hora e chamou o cantor Sérgio Reis para o palco, unindo-se ao grupo logo depois o compositor Renato Teixeira. Antes de Sérgio e Renato finalizarem a noite com o show “Amizade Sincera”, a homenageada Delinha ainda foi chamada ao palco pelos três, em momento histórico do FIB. Segundo a PM, 10 mil pessoas lotaram a praça para ver Delinha, Almir Sater, Renato Teixeira e Sérgio Reis.
Na sexta-feira (31), os sul-mato-grossenses Kuery Porã, Patrícia e Adriana, Chalana de Prata e Canto Guarani reuniram cerca de 6 mil pessoas. Era fácil encontrar casais dançando durante a apresentação dos grupos, em especial Chalana de Prata e Canto Guarani. Também foi marcante a presença de fãs de Patrícia e Adriana, que cantaram em coro os sucessos da dupla sul-mato-grossense.
A noite que teve maior público do festival foi a de sábado (1). Aproximadamente 13 mil pessoas concentraram-se na praça para assistir aos shows de Kalu e Banda (MS), Chá Noise (MS), Curumin (SP) e Zeca Baleiro (MA). Os quatro shows tiveram um alto nível musical. Kalu surpreendeu pela performance no palco, trouxe uma banda de grande qualidade e um repertório pop de bom gosto. Foi ovacionado. A banda Chá Noise confirmou com o show no FIB que é o principal nome da nova geração de artistas do estado e sacudiu a Praça da Liberdade com um som poderoso do quinteto, vários hits próprios no set list e um espetáculo com iluminação, sonoridade e repertório autoral perfeitos.
A participação da sul-mato-grossense Marina Peralta no show de Curumin (SP) surpreendeu o público. A cantora participou de duas músicas e foi muito aplaudida, assim como o próprio baterista Curumin, que pôs todos para dançar na praça. Zeca Baleiro finalizou a noite com um show cheio de sucessos e uma banda impecável.
No domingo, a Orquestra Prelúdio, dirigida pelo maestro Eduardo Martinelli, e o espetáculo “Crianceiras”, comandado por Márcio De Camillo, atraíram 4 mil pessoas, finalizando a parte musical do festival. Compareceram a estas atividades várias famílias, pais com crianças e idosos. Muitos levaram as próprias cadeiras para assistir aos shows. O som da orquestra tomou conta da praça com versões sensíveis de canções regionais, como “Sonhos Guaranis”, e também de clássicos de grandes nomes da música erudita. Entregou de maneira perfeita para Márcio De Camillo finalizar o festival com “Crianceiras”, que traz poemas de Manoel de Barros musicados. Um espetáculo que já rodou o país e tem uma equipe afinada, mostrando um entrosamento perfeito entre atores, músicos, luz e vídeos.
Outras atividades
Além dos shows musicais, a programação do FIB contou com diversas atividades. De acordo com a coordenação do festival, aproximadamente 12 mil pessoas passaram pelas oficinas, exposições, espetáculos, passeios, seminários e estandes espalhados pela Praça da Liberdade, local que se concentrou o evento em 2015.
O Cinemania 3D, por exemplo, recebeu 1.600 expectadores em dois dias para assistir ao filme ambiental “S.O.S Planeta Terra”. O campeonato de skate realizado no sábado (01) teve a participação de 100 atletas, vindos de Campo Grande, Bodoquena, Miranda e da própria cidade de Bonito.
As oficinas de dança de rua, grafite e skate tiveram 95 participantes e as atividades coordenadas pela educadora Carol Jordão reuniu 530 crianças e adolescentes. Os espetáculos de teatro – “Bebê a Bordo”, “O Santo e A Porca” e “Meu Chapéu é o Céu” atraíram 1.150 expectadores. As apresentações dos grupos de dança – Camalotes e Expressão de Rua – foram assistidas por 750 pessoas.
As exposições de artes plásticas “O Pantanal e Sua História na Pintura Sul-mato-grossense”, “Comitiva Pantaneira” e coletiva de artistas de Bonito surpreenderam pelo grande público. Passaram pelas três exposições 6 mil pessoas durante o festival. As atividades de releitura em pintura em tela da exposição “O Pantanal e Sua História na Pintura Sul-mato-grossense”, que contou com o corpo de arte-educadoras do Muse de Arte Contemporânea (Marco), tiveram a participação de 160 crianças. A Tenda dos Saberes Indígenas também foi muito frequentada, com 2 mil pessoas passando pelo local, assim como o estande Memória Fonográfica, do pesquisador musical Carlos Luz. Aproximadamente 1 mil pessoas visitaram o estande.
Texto: Alexander Onça (Sectei) e Rodrigo Teixeira
Fotos: Elis Regina