Grupo Nuencena apresenta espetáculo sobre os perigos do excesso de tecnologia no Campão Cultural

  • Publicado em 04 abr 2025 • por Lucas Castro •

  • Nesta sexta-feira (4), como parte do Circuito Universidades, o Teatro Glauce Rocha (UFMS) recebeu a apresentação do espetáculo “Prometeu Conectado”, do Nuencena (Núcleo de Estudos da Cena Contemporânea). A montagem é uma ousada releitura do clássico “Prometeu Acorrentado”, de Ésquilo.

    Fruto de um minucioso experimento cênico, “Prometeu Conectado” mergulha na estética do Teatro Digital. A produção transita entre o épico e o tecnológico, incorporando elementos como realidade virtual e personagens animados por computador.

    O resultado é uma obra que reinventa o clássico e redefine as fronteiras entre arte e tecnologia. O protagonista, Prommy, interpretado pelo poeta e ator Kaio Ramos, é um jovem imerso no universo dos jogos eletrônicos, que se perde na tênue linha entre o virtual e o real. Sua trajetória provoca reflexões profundas sobre as conexões humanas e os dilemas da era digital.

    A trilha sonora original, composta por Lys Dame e produzida por Niightito Beats, potencializa a atmosfera imersiva da peça. A iluminação, assinada por João Marcos Dadico, acrescenta nuances visuais que dialogam com a narrativa, enquanto a direção fica por conta do dramaturgo e encenador Braz Pinto Junior, fundador do Nuencena (Núcleo de Estudos da Cena Contemporânea), que imprime ao espetáculo sua visão singular de um teatro provocador e inovador.

    Interpretando o protagonista da peça, o ator Kaio Ramos, de 24 anos, compartilha sua visão sobre a construção do personagem e os questionamentos centrais que permeiam o espetáculo:

    “A proposta que o Braz traz nesse texto é a de um jovem viciado em videogames e tecnologia, que vive recluso em seu quarto. Para ele, a realidade é o mundo virtual. Mas até que ponto isso é real? Até onde esse jovem realmente existe dentro dessa realidade paralela? O espetáculo nos conduz por esses labirintos da mente e mostra como os jovens, e não só eles, têm se comportado diante da tecnologia. Até onde vai a nossa ação humana? Até onde podemos ir com os avanços tecnológicos?”, reflete o ator.

    Bel Manvailer, Comunicação Campão Cultural
    Fotos: Marithê do Céu/ Comunicação Campão Cultural 

     

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