No encerramento do “I Encontro de Formação Pedagógico Cultural” na manhã desta sexta-feira (24/07) no MIS (Museu da Imagem e do Som), professores e acadêmicos puderam atualizar e compartilhar conhecimentos, bem como se tornarem agentes multiplicadores em sala de aula. O evento teve início na segunda-feira (20/07) com palestras e oficinas voltadas para o aprimoramento da experiência pedagógica.
A jornalista, cineasta e escritora Marinete Pinheiro ministrou a última oficina “Luz, câmera e pedagogia: o cinema na sala de aula”, onde abordou o cinema como ferramenta pedagógica, destacando inclusive a formação de público e até mesmo como forma de inspirar alunos a serem críticos com relação a produção audiovisual, bem como valorizar o cinema produzido aqui no Estado.
Durante sua palestra ela expôs temas relevantes do mundo da sétima arte, explicando como é feito um filme, desde a concepção da ideia, até a dificuldade de se captar recursos para executá-lo. A cineasta citou a Lei 13.006 aprovada no ano passado que determina a exibição de filmes na grade curricular como complemento a proposta pedagógica obrigando as escolas a exibirem no mínimo duas horas mensais. Marinete afirma que foi uma luta para que essa Lei fosse sancionada e agora a dificuldade é fazer sua implantação de fato.
Marinete Pinheiro disse que cinema desenvolve a imaginação, percepção e funções sensoriais e motoras e quando é desenvolvido com os alunos, ainda forma plateia. Também deu informações precisas aos docentes de como ter acesso aos filmes nacionais para serem exibidos no âmbito escolar, citando a programadora Brasil que oferece um vasto acervo de filmes. Ainda falou do Tela Brasil (http://www.telabr.com.br/) uma importante ferramenta para ajudar os professores a inserir o cinema na sala de aula. “O cinema sempre foi importante na formação educacional, e nesta oficina procurei mostrar a produção daqui e não só “hollywoodiana”. A partir de um filme se pode despertar e interagir a interdisciplinaridade, tornando-a mais criativa e interessante”, diz Pinheiro, que ainda aponta a dificuldade de se expandir essa ferramenta para o âmbito escolar, “falta formação dos professores nessa área”.
O professor de artes cênicas e dança, Ciro Ferreira, participou de todos os dias do evento e diz ter ficado satisfeito com a forma em que foi conduzido, “as oficinas foram oferecidas em forma de experimentação. Essa tem que ser a ideia, a partir da proposição possa se fazer outras coisas. As oficinas foram bem práticas” e ainda destacou, “o encontro foi ótimo, um bom caminho para incentivar docentes a atualizarem seus conhecimentos”, conclui Ferreira.