Na tarde desta quinta-feira (24/05), o Palco Rio Paraguai recebeu o show do instrumentista sul-mato-grossense Marcos Assunção. Da polca paraguaia ao blues, musico presenteou a plateia com uma diversidade de ritmos.
Inspirado pela riqueza das mais diversas vertentes musicais, o instrumentista Marcos Assunção, realiza um trabalho de sonoridade marcante evocando a nossa cultura e unificando fronteiras.
“A minha digital musical é resultado de influências musicais como o jazz, o MPB, a bossa nova e outras vertentes da música mundial. Como graduado em música, as minhas composições são sem intenções, faço uma verdade sem me preocupar com o mercado”, explicou.
Para o 14º FASP, ele selecionou músicas do seu terceiro álbum, intitulado “Viola Pantaneira Urbana”. “No show de hoje, eu quis trazer o repertório do meu 3º CD, onde presto homenagens a Paulo Simões, Almir Sater e Geraldo Espíndola. Como sul-mato-grossense, eu cresci ouvindo esses compositores. O Almir Sater, por exemplo, abriu um leque para a música do nosso Estado, introduzindo a Viola Caipira na música popular brasileira. Devido às influencias fronteiriças, nós temos uma maneira peculiar de tocar a viola caipira”.
Alunos do Ensino Médio das Escolas Estaduais de Corumbá prestigiaram de perto o show do instrumentista. Para Kevin Wagner da Silva Amorim, 17 anos, aluno da Escola Estadual Dr. João Leite de Barros, eventos como o FASP enriquecem o currículo escolar. “Estou achando tudo muito bom neste festival. Muito legal a ideia de trazer esse show do Marcos Assunção aqui no Porto, porque a nossa cidade precisa mesmo de mais cultura diversificada. Eu gosto de sertanejo, e hoje estou conhecendo esse artista. Na escola a gente tem sempre palestras relacionadas a cultura, tanto é que hoje a escola nos trouxe aqui para prestigiar o evento”.
Lucimar de Barros, professora da Escola Estadual Dr. João Leite de Barros disse que a programação do festival está muito interessante este ano, e os alunos estão muito interessados em participar. “Esse show aqui no Porto Geral está lindo. Para nós que estamos acostumados com funk, sertanejo, é uma coisa bem diferente, bem inovadora”.
“A juventude acaba ouvindo aquilo que o mercado dita. Fiquei feliz em ver os alunos de Corumbá prestigiando o meu show, não estou aqui para agradar a todos, mas acredito que alguns deles se despertaram para algo que os encantou. Vai gostar mesmo, quem tem a mente aberta para o novo. Me satisfaz saber que estou preenchendo essa lacuna cultural”, finalizou o artista.
Texto Patricia Mendes