“Sem defesa” é a mais nova produção do ator e cineasta David Cardosos, que foi lançada na noite dessa quinta-feira no Museu da Imagem e do Som (MIS), em Campo Grande, com a presença do secretário de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação, Athayde Nery, artistas e produtores locais. O longa metragem foi totalmente feito em Mato Grosso do Sul e aborda temas como maioridade penal, pena de morte, uso de drogas, maus tratos a crianças e mulheres, lentidão do poder judiciário, uso de células-tronco, corrupção, além de violência social. David Cardoso assina a produção, o roteiro e a direção do longa.
David Cardoso disse que esse é o último filme da sua carreira como produtor e se emocionou ao lembrar da trajetória. “ Acabou o glamour do cinema de antigamente, tenho saudade do cinema feito de forma artesanal. A tecnologia me ‘atropelou’. Mas fiquei muito satisfeito de poder encerrar essa minha carreira de produtor voltando às minhas origens”.
Para o secretário Athayde Nery foi uma honra promover essa sessão em uma casa que abriga também o Museu David Cardoso. “Quem conversa com o David entende porque ele é considerado um ícone da geração dele. Ele viveu e trabalhou de uma forma exuberante.
O longa “Sem defesa” foi exibido em uma sessão única no MIS e agora vai percorrer o País participando de alguns festivais de cinema.
MS em Imagem e Som
Logo depois da exibição do filme, os convidados puderam também participar da abertura da da exposição “MS em Imagem e Som” , que reúne três exposições em uma só para vasculhar a memória, provocada sensivelmente pelas curiosas lentes e registros de seus autores.
A primeira é “Making off”, sob curadoria da fotógrafa Elis Regina. A exposição instiga uma viagem pelos bastidores cinematográficos a partir de “Paralelos Trágicos”, primeiro longa metragem produzido em Campo Grande em 1965, até produções recentes filmadas em todo Estado. A fotógrafa Elis Regina, que assina a curadoria, afirmou que “ essa exposição é uma homenagem a todos aqueles que trabalham, e muito, por trás das câmeras. Foi um trabalho bastante gratificante”.
A segunda exposição reúne retratos diversos do “Patrimônio Imaterial e Cultural – NOB 100 anos”, concurso realizado em 2014 pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, através do Museu da Imagem e do Som, revelando os trilhos e a terra por onde passava o saudoso trem.
A terceira traz ao ambiente a musicalidade que fez história em Mato Grosso do Sul, destacada no projeto “Memória Fonográfica”, de Carlos Luz. Uma extensa pesquisa dos discos vinis e a digitalização da música regional com peças raras e emocionantes.
A exposição “MS em imagem e som” pode ser visitada no Museu da Imagem e do Som (MIS) , que fica na Av. Fernando Corrêa da Costa, 559, até o final de fevereiro em horário comercial.