Campo Grande (MS) – O Museu da Imagem e do Som, unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, realiza na próxima semana, nos dias 7, 8 e 9 de outubro, sempre a partir das 19 horas, a Mostra Especial MS 42 anos, em comemoração ao aniversário do Estado. A entrada, como sempre, é franca.
No dia 07 será exibido o “Primeiro documentário”, produzido por alunos do primeiro ano “D” do Ensino Médio da Escola Estadual Prof. Silvio Oliveira dos Santos. O documentário foi produzido com entrevistas que narram a história de Mato Grosso do Sul a partir de sua criação, com enfoque histórico, de lazer, esporte (principalmente futebol), como é ser jovem em terras pantaneiras, como é viver em Mato Grosso do Sul, além da música regional. Foi todo produzido em HD (tecnologia High Definition), tem 50 minutos de duração, contou com parcerias e teve um investimento de apenas R$ 1.000,00 (mil reais) para as filmagens e edição.
Foto: Escola Estadual Prof. Silvio Oliveira dos Santos
“Alguns alunos trabalharam na direção e alguns na produção e assistência de direção, fizeram a pesquisa e o levantamento com os entrevistados. Durante todo o processo demonstraram muito profissionalismo, segurança e empenho em acompanhar as gravações. Eles gravaram no contraturno, no período da tarde, e tiveram toda a compreensão e apoio dos pais. Os estudantes entenderam o compromisso que estavam assumindo. No começo teve um pouco de medo, por ser um desafio novo, mas depois tudo foi correndo bem, principalmente pela solicitude dos entrevistados em nos atender prontamente”, diz o professor e diretor do filme, Cesar Floriano.
No dia 08, às 19 horas, serão exibidos os curtas produzidos ao longo do curso “MS 40 anos em Histórias Cinematográficas” em 2017, uma parceria da TV Educativa e da Fundação de Cultura. A coordenação dos trabalhos e aulas teóricas ficaram a cargo de Carlos Diehl, diretor e editor da TVE e da jornalista e coordenadora do MIS, Marinete Pinheiro.
“Paralelas de aço” narra a magia das viagens no trem, as estações, o poder de construir histórias e memórias, a relação comercial e emocional dos passageiros, pessoas simples que tinham em cada vagão parte de suas vidas e a importância da linha férrea na construção de muitas cidades. A direção, pesquisa e roteiro são de Rachid Waqued.
No vídeo “Reexistência – Eu posso ser você sem deixar de ser quem sou!”, pela primeira vez, representantes de várias etnias indígenas do Estado do Mato Grosso do Sul fazem um balanço sobre os 40 anos da divisão do Estado. O índio da aldeia é o mesmo indo da cidade? A direção é de Amanda Dim e Nadja Mitidiero.
O curta “Hino – Glória e Tradição de uma gente audaz”, dirigido por Guilherme Cavalcante, Lizandra Moraes e Marcia Furtado, aborda o concurso lançado logo após a criação de Mato Grosso do Sul, em 11 de outubro de 1977, para escolher o hino oficial do recém criado Estado. Porém, a história conta que nenhum texto agradou o suficiente a comissão julgadora. Assim, às vésperas do dia 1º dejJaneiro de 1977, no recesso de natal, um grupo de pessoas foi chamado às pressas para compor a letra do hino, sobre uma partitura do maestro gaúcho Radamés Gnattali, que seria tocada na cerimônia do dia 1º de Janeiro de 1979, no Teatro Glauce Rocha. Quase 40 anos após, vozes das ruas e personalidades que viveram ou estudaram a época apresentam opiniões e até outras versões sobre a criação do hino e trazem uma reflexão: afinal de contas, há “Glória e Tradição” quando se fala no Hino Oficial de Mato Grosso do Sul?
“Mulheres em obras” apresenta a Criação de Mato Grosso do Sul a partir da perspectiva de artistas visuais que vêm transformando e construindo este cenário no Estado. Com imagens de arquivo e entrevistas o documentário mostra a importância das obras como registro de um tempo e o processo criativo, às vezes conflitivo, das mulheres no universo artístico.
“Por que Dividir?” tem como tema a divisão do Mato Grosso feita pelos militares sem a participação popular, como se deu este processo e como ele se inicia ainda nos anos 1930. O enredo entra a fundo na rivalidade de Campo Grande e Cuiabá a partir da Copa do Mundo. A direção é de João Fernando Pelho Ferreira.
Imagem do filme “Mirele Geller: Peoa”
Encerrando a Mostra no dia 9, às 19 horas, o MIS exibe o documentário “Mirele Geller: Peoa”, dirigido por Débora Alves. Neste documentário de uma hora de duração, a diretora conduz uma narrativa a partir da história real da peoa de boiadeiro que, aos quatro anos, foi abandonada pela mãe, passou a viajar na comitiva com o pai e aos 14 anos largou os estudos para seguir a profissão dominada pelos homens. O vídeo destaca o trabalho das Comitivas Pantaneiras sob a visão de uma peoa.
O MIS fica no 3º andar do Memorial da Cultura e Cidadania, na avenida Fernando Corrêa da Costa, 559. Mais informações pelo telefone: (67) 3316-9178.
Foto em destaque: Imagem do curta “Paralelas de aço”