Na tarde de ontem (21) a 16º Semana do Artesão 2024 ofereceu a oficina de biojóias, no Armazém Cultural. A artesã Bia Barros foi buscar conhecimentos de matérias primas que representassem Mato Grosso do Sul, e o que mais lhe inspirou foram as provenientes da pecuária.
Ela desenvolveu seus materiais a partir do chifre bovino juntamente com o amigo Aldeni, que fazia a parte de processamento do chifre para a produção de guampas e outros produtos. Bia passou a criar o desenho para ele produzir as peças e assim ganhar tempo para se dedicar à produção de suas biojóias. “Eu ia muito a feiras nacionais e via outros estados com suas matérias-primas regionais e aí eu pensei porque o nosso Estado também não pode fazer este trabalho? Já estou trabalhando na área de biojóias há mais de 15 anos”, afirmou.
Não é somente com chifres que ela utiliza como matéria prima. Ela usa também sementes, cascas, madeira, entre outros. “Eu crio o design do produto em madeira e peço para o marceneiro cortar e a partir daí eu faço colares, mandalas ou um acessório qualquer” explicou.
Bia acha muito importante a ministração de oficinas em eventos que valorizam o artesanato. “É muito gratificante porque cada produto que você cria ou passa o conhecimento para alguém fazer, você já sai com o produto pronto. Na própria aula o produto já nasce do início ao fim”. Segundo ela durante a 16º Semana do Artesão foi grande a demanda por sua oficina e as inscrições para o curso se esgotaram. “A repercussão desta área do artesanto foi ótima. É muito legal ver o interesse do pessoal pelas técnicas de fazer as biojóias.É uma oportunidade para divulgar nosso trabalho, repassar o modo de fazer e não deixar morrer a nossa arte e nossa cultura”, finalizou.
Texto: Gisele Colombo
Fotos: Daniel Reino