Campo Grande (MS) – Nem o clima nublado depois da tempestade de areia segurou a empolgação do público do Som da Concha neste sábado (16). O samba de Kelly Lopes e o som eletrizante de Os Alquimistas colocaram pessoas de todas as idades para dançar na Concha Acústica Helena Meirelles, no Parque das Nações Indígenas.
Kelly Lopes apresentou o show “Cantos de Clarice” onde reuniu composições próprias e de compositores amigos daqui do Estado para consagrar sua volta aos palcos depois de alguns anos sem cantar. “Sou de São Paulo mas a minha família é toda daqui de Campo Grande. É a realização de um sonho estrear no palco do Som da Concha. Minha família está aqui presente. Eles ainda não tinham me visto cantar num lugar como este. Estou muito feliz”, comemorou.
Ela não deixou de lembrar da receptividade dos artistas locais com seu trabalho. “Desde que cheguei a Campo Grande fui abraçada por muitos artistas. Devemos prestigiar os artistas do nosso estado, pois a arte é capaz de transformar vidas. Temos grandes talentos e se sairmos daqui e apresentarmos a outras pessoas os artistas que conhecemos neste projeto, estaremos contribuindo para um mundo melhor. Se quisermos um mundo onde nos sentimos mais abraçados, temos que nos prestigiar uns aos outros”, destacou Kelly.
O rock autoral e ultradançante de Os Alquimistas esquentou a platéia que aplaudiu de pé o trio Bo Loro (bateria) e os irmãos Perim (baixo) e Leotta (piano). Ele fizeram uma homenagem ao cantor Maurício de Barros Almeida que contou com a participação especial do compositor Paulo Simões. “Depois de dois anos sem nos apresentar ainda estamos entrando em forma nesta apresentação. Mas estamos muito felizes de estar de novo com vocês”, afirmou o bateirista Bo Loro.
O público se mostrou muito satisfeito com a volta do projeto Som da Concha. “Senti muita falta de vir aqui durante a pandemia. Aqui em Campo Grande a cultura é muito forte e senti falta de prestigir os artistas e vê-los crescer neste palco. Durante a pandemia eu acompanhava pelas redes sociais”, contou Gisele Barcelos, 42 anos. Gitana Rodrigues, 31 anos, complementou: “É muito relevante este projeto para termos contato não somente com os artistas do Estado que já são consagrados, mas também conhecer os artistas da nova geração e do interior do Estado. O Som da Concha tem que continuar”.