Reafirmando Territórios: arte, afeto e ancestralidade nas cores do Coletivo Enegrecer

  • Publicado em 10 out 2025 • por Marcio Rodrigues Breda •

  • A nova exposição do coletivo, intitulada “Vivências Singulares – Nem tudo é tragédia”, será aberta no dia 10 de outubro, às 19 horas, no Centro Cultural José Octávio Guizzo

    Entre pincéis, memórias e gestos de resistência que se transformam em arte, o Coletivo Enegrecer percorre caminhos ancestrais com o projeto Reafirmando Territórios — uma iniciativa que une formação artística e afirmação identitária em comunidades quilombolas de Mato Grosso do Sul. Este ano, as oficinas chegam ao Quilombo Boa Sorte, em Corguinho, e ao Quilombo Águas de Miranda, em Bonito, levando a linguagem da pintura como forma de diálogo e celebração das histórias que habitam esses territórios.

    Inserido na programação do Festival de Inverno de Bonito, o projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo de Mato Grosso do Sul (2023) e propõe não apenas o aprendizado técnico, mas o fortalecimento de vínculos culturais e afetivos. Cada oficina é uma partilha de experiências, onde cores e traços se tornam instrumentos para reafirmar pertencimento, memória e futuro.

    Das vivências nesses espaços nasce a nova exposição do coletivo, intitulada “Vivências Singulares – Nem tudo é tragédia”, que será aberta no dia 10 de outubro, em Campo Grande, no Centro Cultural José Octávio Guizzo. A mostra amplia o olhar sobre a narrativa do povo preto no Brasil, rompendo com a visão limitada que associa sua trajetória apenas à dor, à luta e à resistência.

    Com cores vibrantes e composições que transitam entre o íntimo e o coletivo, as obras celebram a alegria, o afeto, as conquistas e as memórias que compõem a experiência negra em sua plenitude. “Vivências Singulares” é, ao mesmo tempo, uma exposição e um manifesto visual pela diversidade de narrativas — um convite a enxergar o povo preto não apenas na sobrevivência, mas também no florescimento.

    A abertura contará com apresentações do poeta Rafael Belo, da rapper Preta Princesa e da cantora Pretah, artistas que, assim como o coletivo, têm transformado a cena cultural sul-mato-grossense com suas vozes e expressões plurais.

    Exposição “Vivências Singulares – Nem tudo é tragédia”

    10 de outubro (quinta-feira)
    19h
    Centro Cultural José Octávio Guizzo – Rua 26 de Agosto, nº 453, Centro – Campo Grande/MS
    Entrada gratuita

    Abertura:

    • Poeta Rafael Belo

    • Preta Princesa

    • Pretah

    Realização: Coletivo Enegrecer
    Apoio: Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) e Centro Cultural José Octávio Guizzo
    Instagram: @enegrecercoletivo

    Categorias :

    Lei Paulo Gustavo

    Veja Também