Corumbá (MS) – Foi oficialmente aberta na noite de ontem (11) a 13ª edição do Festival América do Sul Pantanal (Fasp). Com a presença de autoridades corumbaenses, ladarenses e bolivianas, o secretário de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação, Renato Roscoe, e a presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), Andréa Freire, deram as boas-vindas ao público no Palco Integração, montado à Praça Generoso Ponce.
“Não é simples realizar um evento como esse. É um momento de crise, de recursos escassos, mas foi um compromisso que o governador Reinaldo Azambuja assumiu: que os festivais não iriam acabar”, relatou, referindo-se ao Festival de Inverno de Bonito e ao Fasp. O secretário também destacou e agradeceu a presença das autoridades bolivianas pelo envolvimento com o evento, à Andréa Freire pelo trabalho de sua equipe, à homenageada do Fasp, Aline Figueiredo, e ao público que, mesmo sob a fina chuva que iniciava, se manteve presente.
“É uma gestão que vem apertando o cinto de forma responsável, para que tenhamos o que é realmente necessário. E o Fasp é necessário, não só por tudo o que faz para o Estado, para Corumbá e para Ladário, mas pela América do Sul. É um evento onde conseguimos reunir a diversidade dos povos, de suas culturas e fortalecer nossa identidade. Sintam-se abraçados pelo Estado de Mato Grosso do Sul. Declaro oficialmente aberto o 13º Festival América do Sul Pantanal!”, disse Roscoe ao público.
A presidente da Fundação de Cultura e secretária adjunta de Estado de Andréa destacou a importância do festival, lembrando também que o governador não hesitou em subsidiá-lo: “Temos sete países envolvidos, celebrando culturas, a miscelânea em todas as manifestações artísticas, promovendo o intercâmbio entre artesãos, artistas, técnicos, enfim, valorizando a diversidade riquíssima da América do Sul e promovendo o congraçamento entre os povos”.
A homenageada Aline Figueiredo durante a solenidade, disse que estava muito feliz por retornar a sua cidade natal e relembrou momentos de sua infância e sua juventude nas ruas de Corumbá e na fazenda dos pais no Pantanal: “Eu sou pantaneira, nasci aqui na rua Sete de Setembro. No dicionário, Corumbá significa lugar ermo, distante, mas na verdade é lugar de riquezas, de gente fina. Aprendi a ler e escrever na fazenda com professores que meu pai trazia de Cuiabá e estudava junto com filhos dos funcionários, sem escalonamentos sociais”.
“Cresci assim”, continuou discorrendo Aline, “conhecendo uma verdadeira democracia de espírito aberto, livre de preconceitos, como uma pantaneira. Éramos vizinhos de Manoel de Barros, Sr. Nequinho, na fazenda e na cidade. Ele me carregou nos braços, com quem aprendemos muito. Hoje tenho 70 anos, mas aos 15 passei a me dedicar às artes por ter ganho um livro de uma professora. Desde então só trabalhei com isso. E assim quero continuar até o fim dos meus anos. Agradeço pela gentileza e ao afeto e parabenizo aos organizadores do festival. Viva Corumbá!”.
Na ocasião, ela recebeu um troféu – uma miniatura de viola de cocho estilizada – com os dizeres: “Homenagem do Governo do Estado a Aline Figueiredo por seu notável pioneirismo na pesquisa das artes plásticas no nosso estado, contribuindo de forma expressiva na formação da identidade cultural de nosso povo”.
Estavam presentes na solenidade o governador da Província de Germán Busch, David Yovio; o prefeito de Corumbá, Paulo Duarte; o prefeito de Ladário, José Antônio Assad Faria; a vice-prefeita de Corumbá, Márcia Rolon; o presidente da Fundação de Cultura de Corumbá, Joilson da Silva Cruz; a presidente da Fundação de Turismo do Pantanal, Helénèmarie Dias; a superintendente de Cultura e Economia Criativa da Sectei, Cláudia Medeiros, entre outras autoridades.
O 13º Festival América do Sul tem sequência hoje a partir das 8h com o Quebra-torto com Letras e muitas outras atividades. Confira a programação em www.festivalamericadosulpantanal.com e na fanpage www.fb.com/festivalamericadosulpantanal