O Seminário de Economia Criativa foi concluído com encaminhamentos que levaram a formatar a criação do Observatório de Economia que deverá agregar projetos de arte e cultura que tenham em sua essência o espaço para a “convivência criativa”. Durante dois dias ( 21 e 22/08) cerca de 130 participantes estiveram reunidos para discutir assuntos como desenvolvimento local sustentável, a cultura dentro do processo de construção criativo e econômico sustentável, bem como o compartilhamento de experiências , seja como produtores de cultura ou aqueles que a executam ou como pesquisadores interessados em produzir projetos voltados à área.
A professora doutora Maria do Perpétuo Socorro Rodrigues Chaves, da Universidade Federal do Amazonas, provocou os participantes levantando pontos que ela considera importantes, sendo o principal deles o diálogo com a comunidade para que ela também possa se ver num contexto que inclua e a faça ser a própria protagonista. “A economia criativa acontece nas comunidades”, afirmou.
Ela também enfatizou o esforço que o poder público faz ao interpretar as necessidades da comunidade e ainda contar com a parceria das universidades, “o que é fundamental é o conhecimento cientifico a serviço da comunidade, todos trilhando o mesmo caminho em busca da dignidade da superação da exclusão social, da construção de um novo direcionamento para um desenvolvimento com sustentabilidade”, concluiu.
A Superintendente de Economia Criativa da Sectei, Claudia Medeiros, ficou satisfeita com o saldo das discussões do seminário. “Com participantes tão diversificados como professores, pesquisadores, gestores públicos e até empresários, o debate se tornou plural, ao mesmo tempo em que se pôde trocar experiências, principalmente com a professora Maria do Perpétuo Socorro que muito nos ensinou sobre a construção do Observatório de Economia Criativa”.
Para Marilda Brum, diretora científica da Fundect, o seminário foi fundamental ao trazer uma proposta de articulação forte entre a cultura e turismo e não uma separação dessas áreas, e também de dialogar com a ciência., “Esse seminário vem propor que haja um diálogo profundo das universidades com os pesquisadores e que estes ouçam essas comunidades, ajudem a potencializar a capacidade criativa para que gere rendimentos´. Marilda também avaliou como positiva as ações da Secretaria de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei), citando o programa de Economia Criativa, bem como o intercâmbio com a Universidade Federal da Amazônia que criou o primeiro Observatório Criativo. “O principal legado é a articulação entre os entes públicos, para que se crie políticas públicas duradouras.”, destacou.
Já o jovem empresário Aderlan Ferreira de Pedro Gomes quer se tornar uma agente multiplicador daquilo que viu no encontro. “Conhecimento sempre é bem vindo, com base no que ouvi aqui quero levar para os líderes da minha cidade “