Lojistas finalizam expedição que favorece negócios com artesãos de MS

  • Publicado em 02 ago 2016 • por Daiana Schio •

  • Finalizando a “Expedição Bonito/Pantanal Mato Grosso do Sul do Artesanato”, realizada pela Fundação de Cultura do Estado em parceria com o SEBRAE, nove lojistas da As Cabras (Associação para o Comércio de Artesanato Brasileiro), estão em Campo Grande nesta terça-feira (2) para comprar e conhecer o artesanato local.

    Nas últimas semanas eles estiveram em Jardim, Bonito, Bodoquena, Miranda, Corumbá, Anastácio, Aquidauana e Guia Lopes da Laguna, conhecendo não só as artes finalizadas, mas também o processo e o local de produção. “Senti uma emoção enorme ao visitar os locais de ofício. Teve um lugar que a primeira impressão parecia um açougue, pois faz artesanato com ossos de boi. Mas assim que vi a minuciosidade do processo e o resultado, aquilo se torna arte. As pessoas não imaginam quanto trabalho é necessário para transformar matéria-prima em arte”, ressalta Fernanda Figueiredo, de Belo Horizonte-MG, uma das fundadoras da Associação.

    A lojista, Anny M. Darakjian, de São Paulo-SP, conta que estar no ambiente cultural dos artesãos é ainda mais atraente: “Encontrei muito mais coisas boas do que imaginava. Uma expedição é diferente de rodada de negócios. Estamos envolvidos na viagem, imersos na emoção que a cultura local produz. Não tem como definir o que me chamou mais a atenção, mas as artes indígenas do MS como as kadiwéu e terena e as redes de couro em Bonito me deixaram admirada”, disse Anny.

    Entre observações e elogios, os lojistas acreditam que o mercado do artesanato de Mato Grosso do Sul tem um enorme potencial, mas para eles é preciso aumentar a produção: “Vimos que aqui tem um mercado em expansão com excelente qualidade e tem gente pra comprar. É preciso ampliar esse mercado. O mestre tem que ser motivado a passar o conhecimento para outras pessoas e assim aumentar a fabricação”, destaca Fernanda.
    Quanto ao conselho, o artesão João Aldo Carneiro, famoso por lapidar chifres e ossos responde: “O processo artesanal é muito diferente do industrial, não podemos produzir tudo de uma só vez, é necessário valorizar nossa paciência”, argumentou.

    A gerente de Desenvolvimento de Atividades Artesanais da Fundação de Cultura, Katienka Klain acredita que o contato direto dos artesãos com os comerciantes é importante para a valorização do artesanato por parte do lojista: “Trouxemos eles até aqui, ajudamos na logística, mas a venda e a interação dependem somente deles. Essa aproximação é o que há de mais benéfico para ambos os lados”, diz Katienka.

    “As Cabras” é um grupo de lojistas criado em 1998 com sede em São Paulo e que trabalha em conjunto para criar ações que visam incrementar e desenvolver o mercado de arte popular e artesanato brasileiros por meio de mecanismos que estimulem os processos de compra e venda de produtos através de um portal que reúne os diversos agentes que atuam neste segmento.

    Participam desta expedição as lojas Xapuri Produtos Artesanais (Belo Horizonte / MG), Fuchic (São Paulo, Barueri e Guarulhos / SP), Casa de Ana (Florianópolis / SC), Meu Móvel de Madeira (Rio Negrinho / SC), Arunã (Rio de Janeiro / RJ), Atelier na Rua (Ribeirão Preto / SP), Sambaki (Sorocaba / SP), Galeria Arte Brasileira (São Paulo / SP) e Casa do Brasil (Ribeirão Preto / SP).

    A estimativa é que a associação comercializou cerca de 100 mil reais nas cidades em que a expedição passou.

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