Publicado em 20 ago 2025 • por Daniel •
O silêncio se rompe em um impulso. Dá lugar às risadas e cochichos de um respeitável público: crianças entre 5 e 12 anos que tiveram a honra de acompanhar, na tarde desta quarta-feira (20), uma das primeiras atrações do Festival de Inverno de Bonito 2025 — antes mesmo da abertura oficial, marcada para às 19 horas.
O espetáculo “Memórias do antigo Rincão Bonito”, realizado na Escola Municipal João Alves Nóbrega, apresenta estórias e causos que constituem o patrimônio de Bonito. Navegam entre tradições indígenas e guaranis, folclore, o sabor das frutas das matas, instrumentos musicais artesanais. Em ciranda, eles cantam e se identificam com a cultura que molda a identidade local.
Fernanda Reverdito gestora do ponto de memória Casa da Memória Raída, é quem faz essa integração entre o saber dos povos originários, da região, a história dos fundadores, lendas e mitos, trazendo um mergulho poético na história da região da Serra da Bodoquena.
”É nosso trabalho itinerante, a Mala de Memórias, que traz recordações do antigo Rincão Bonito, desse lugar que deu origem a nossa cidade. Causos, histórias que tem muito a ver com a gente, com esse lugar, com o nosso chão”, explica Fernanda Revertido.
Lúdica e poética, a contação de histórias aborda ainda a história de uma figura icônica em Bonito nos anos 1940. De origem alemã, Sinhozinho chegou à região com sua família durante a infância e cresceu em meio à simplicidade do campo. Se destacou por sua forte religiosidade, práticas de cura e habilidade em reunir pessoas em torno da fé.
Homenageando o homem que marcou a cidade, em seu nome se batizou cachoeira, ergueu-se capela e nomearam-se logradouros públicos: Thomaz Jacob Hildebrandt. Ou melhor, Sinhozinho, aquele que aflorou o pertencimento baseado na humidade, ajuda mútua e religiosidade.
Cultura popular em Bonito
Além da cotação de histórias, Fernanda Reverdito e sua mãe, Ramona, gestoras da Casa da Memória Raída, realizam nesta quinta (21 de agosto), às 14 horas, a oficina de Vivência Berranteira: Mulheres no Berrante, que busca preservar e difundir a memória cultural da região de Bonito, Serra da Bodoquena e Pantanal. É aberta a todo o público.
Festival de Inverno de Bonito
Pela 24º vez, artes e belezas naturais conectam-se para criar um dos eventos culturais mais importantes do Estado. De 20 a 24 de agosto o Festival de Inverno de Bonito levará ao público música, artes cênicas e visuais, cinema, sustentabilidade, formação cultural e economia criativa, promovendo imersão única na natureza local. E tudo com entrada franca.
Saiba mais sobre o Festival de Inverno de Bonito 2025 e as atrações no site: mscultural.ms.gov.br
Memórias em ciranda: histórias para crianças abrem o Festival de Inverno de Bonito
O silêncio se rompe em um impulso. Dá lugar às risadas e cochichos de um respeitável público: crianças entre 5 e 12 anos que tiveram a honra de acompanhar, na tarde desta quarta-feira (20), uma das primeiras atrações do Festival de Inverno de Bonito 2025 — antes mesmo da abertura oficial, marcada para às 19 horas.
Na Escola Municipal João Alves Nóbrega, o espetáculo de contação de histórias apresentou aos pequenos narrativas e causos que compõem a memória e a cultura de Bonito. Entre tradições indígenas e guaranis, lendas do folclore, o sabor das frutas nativas e os sons de instrumentos artesanais, os alunos formaram uma ciranda, cantaram e reconheceram naquelas vozes a identidade cultural da região.
Fernanda Reverdito, gestora do ponto de memória Casa da Memória Raída, conduziu a atividade que integra saberes dos povos originários, relatos dos primeiros moradores, mitos e crenças locais. A apresentação, intitulada “Memórias do antigo Rincão Bonito”, trouxe um mergulho poético na história da Serra da Bodoquena.
“É nosso trabalho itinerante, a Mala de Memórias, que resgata recordações do antigo Rincão Bonito, lugar que deu origem à nossa cidade. São causos, histórias que têm muito a ver com a gente, com este chão”, explica Fernanda Reverdito.
A performance também resgatou a trajetória de Sinhozinho, personagem icônico de Bonito nos anos 1940. De origem alemã, ele chegou à região ainda criança, cresceu em meio à simplicidade do campo e ficou conhecido por sua religiosidade, práticas de cura e pela habilidade de reunir pessoas em torno da fé.
Cultura popular em destaque
Além da contação de histórias, Fernanda Reverdito e sua mãe, Ramona, também gestoras da Casa da Memória Raída, realizam nesta quinta-feira (21), às 14 horas, a oficina Vivência Berranteira: Mulheres no Berrante. A proposta busca valorizar e difundir a memória cultural de Bonito, da Serra da Bodoquena e do Pantanal. A atividade é aberta ao público e as inscrições podem ser feitas [neste link].
Festival de Inverno de Bonito
Em sua 24ª edição, o Festival de Inverno de Bonito acontece de 20 a 24 de agosto, reunindo música, artes cênicas e visuais, cinema, sustentabilidade, formação cultural e economia criativa. O evento promove uma imersão única entre arte e natureza, com entrada gratuita.
Mais informações e programação completa estão disponíveis no site: mscultural.ms.gov.br.
texto: Marcio Breda
Foto: Marithê do Céu