Publicado em 22 ago 2025 • por Daniel •
A cultura hip-hop também marcou presença no Festival de Inverno de Bonito. Sete integrantes do Coletivo Cotidiano Difícil levaram um espetáculo inédito e interativo, numa apresentação que uniu as linguagens da batalha de MCs, dança urbana, rap e poesia marginal (Slam) para o Palco Sol, no final da tarde desta sexta-feira (22).
O dançarino e Mc Formiga, a b-girl Lorra, o rapper Big Jhow, rapper Ibxd, rapper Safica, rapper AC e o DJ JR quiseram mostrar ao público como é a cena hip-hip do interior de Mato Grosso do Sul. “Somos de Corumbá e viemos mostrar para vocês como é o rap corumbaense, o funcionamento e também algumas modalidades de batalhas de Mcs, como a batalha de sangue e a batalha de objetos. O improviso é o ingrediente principal”, falou a rapper Safica ao público.
Além das batalhas, o Coletivo apresentou dança freestyle, uma intervenção de street dance e músicas autorais do rapper Big Jhow e do rapper Ibxd. Entre músicas que cantaram sobre as lutas sociais e um chamado pela conservação do Pantanal, o refrão romântico “Uma dose de saudade, Duas doses de ilusão, Três doses do seu amor, qdo bebi senti o gosto amargo da dor” embalou o público.
O rapper IBXD fala da importância da música em sua vida e que, além dessa chamada ‘Solidão’, ele já compôs outras músicas. “Cantar é libertador, uma forma de expressar tudo aquilo que a gente sente. Como diz o ditado, quem canta seus males espanta. E, além disso, cantar no Coletivo é um honra”,
Entre os objetivos do Coletivo Cotidiano Difícil, está contribuir para a valorização da diversidade cultural, promovendo um espaço de escuta, expressão e pertencimento para vozes que ecoam das periferias e das lutas sociais. “A gente que dar voz às periferias, fazer ações sociais, levar o melhor que o hip hop tem. A gente quer paz, amor, união, diversão e mostrar que existe outra realidade com a arte. Queremos mostrar que a gente pode mudar aquela realidade da pessoa que passa fome, violência e todas as questões de vulnerabilidade”, diz Formiga, coordenador do Coletivo.
O Mc fala também sobre a primeira participação do Coletivo no Festival de Inverno de Bonito. “É uma satisfação imensa, porque tem muito tempo que a gente tá tentando participar do Festival com a nossa cultura hip hip do interior, entendeu? É muito bom trazer a cultura fronteiriça ali de perto da Bolívia, nossas influências, nosso sotaque e a nossa forma de expressão. Queremos sempre mostrar isso da melhor forma possível”, finaliza Formiga.
Texto: Débora bordin – Asscom/FIB
Fotos: Marithê do Céu – Asscom/FIB