Primeira reunião do ano empossa novos conselheiros estaduais de cultura

  • Publicado em 13 maio 2016 • por Daiana Schio •

  • Foto: Edemir Rodrigues

    Foto: Edemir Rodrigues

    Campo Grande (MS) – Durante  a primeira reunião do ano do Conselho Estadual de Cultura realizada na Fundação de Cultura  de  MS, foram empossados  quatro novos conselheiros. Também foi criado um grupo de trabalho para agilizar o parecer do registro de patrimônio imaterial das Festas do Divino Espirito Santo, da comunidade Santa Tereza de Figueirão e de Nossa Senhora dos Navegantes de Bataguassu, bem como foi apresentado projeto para construção ou cedência de prédio da “Estação Folclore” proposta pela Comissão Sul-Mato-Grossense de Folclore. A reunião contou com a presença do presidente do Conselho Estadual de Cultura, o secretario da Sectei(Secretaria de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação) , Athayde Nery, bem como da secretária adjunta Andrea Freire.

     

    Foram empossados para integrar o Conselho Estadual de Cultura, os titulares; Romilda Neto Pizani, Edson José de Morães, Carlos Rodrigues Diehl e  Miriam Lange Noval e na suplência; Iuri Costa Macedo e Carolina Barbosa Lima. Para Andrea Freire, secretária adjunta da Sectei, a reunião se dá num momento especial, “dia símbolo, por que se inicia um novo processo com o conselho tendo a participação de 50% de integrantes da sociedade civil e a outra metade do governo”.

     

    Andrea Freire também falou sobre o projeto de Lei do Sistema Estadual de Cultura que foi entregue ao Governo do Estado e à Assembleia no qual depois de mais de 25 anos de discussão, finalmente está em vias de se tornar um marco para as políticas publicas voltadas para a área da cultura, e provocou todos os conselheiros para que tenham conhecimento na íntegra dessa Lei. Também propôs ao Conselho uma nota de desagravo quanto a extinção do Ministério da Cultura por parte do Governo Federal, que segundo Freire é um retrocesso para todas conquistas adquiridas até aqui “vai na contramão, mas a gente pode fazer a diferença em nosso Estado”.

     

    Já Carlos Diehl, empossado como novo conselheiro , disse que será um aprendizado estar participando do Conselho e ressaltou a importância do acesso à cultura por todos, “todas a formas de cultura devem ser privilegiadas”. Já Romilda Pizani  aproveitou a oportunidade para lembrar que hoje não se celebra  a libertação dos escravos, mas que se tem um momento para reflexão e destacou a Lei 10.639 que institui a implementação nas grades curriculares de ensino da cultura de matrizes africanas. Carolina Sartomem também colocou em evidência a Lei 13006 que obriga as escolas a destinarem duas horas de cinema nacional para os alunos.

     

    Durante a reunião foram apresentadas a Festa do Divino com 107 anos de existência e a de Nossa Senhora dos Navegantes com 68 anos de tradição, que acontecem respectivamente em Figueirão e Bataguassu para que se tenham o registro de patrimônio imaterial, dessa forma irão ter mais oportunidade de acesso a apoios e é uma forma de validação do Estado, reconhecendo a importância cultural para esses municípios.

     

    Cada representante fez uma breve apresentação sobre as festas e o Conselho deliberou a criação de um grupo de trabalho que irá analisar o pedido  e dar um parecer que tem até 30 dias para ser concluído. Para a professora Regina Freire, da coordenadoria de Cultura de Bataguassu, o registro promove a preservação histórica da cidade, “nesse contexto valoriza a comunidade, bem como a sua memória, já que muitos desconhecem a própria história do município em que vive”.

     

    Ainda durante a reunião também foi apresentado pela professora Marlei Sigrist presidente da Comissão Sul-Mato-Grossense de Folclore  um pedido de apoio para o projeto de  aquisição ou cedência  de um prédio para o “Estação Folclore”, um espaço cultural  onde irá reunir  as atividades relativas à Cultura Popular Tradicional, enfatizou a necessidade desse espaço que será único no Estado, onde irá fortalecer as tradições folclóricas tendo atuação nos campos patrimonial, turístico, educativo e social. O projeto foi idealizado há 12 anos, mas segundo Marlei, ainda não foi concretizado por falta de apoio, principalmente político. Andrea Freire sugeriu uma emenda parlamentar para poder viabilizar o projeto.

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