Campo Grande (MS) – O Teatro Imaginário Maracangalha inicia neste sábado (9 de maio) a circulação do espetáculo “A tragicomédia de Dom Cristóvão e Sinhá Rosinha”, do dramaturgo espanhol Federico Garcia Lorca. Contemplada pelo Prêmio Rubens Correa de Teatro 2014 da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, a peça será apresentada em diferentes pontos da Capital com entrada franca.
Escrita na fase juvenil e lúdica de Garcia Lorca, a peça recebeu uma nova construção. A “farsa” – gênero popular de teatro – é levada a cena com humor, drama e crítica social pelo grupo, que iniciou um processo diferente de pesquisa para encenar um texto pronto.
Apresenta o dilema de Sinhá Rosinha, que quer casar. Porém, como enfrentará o autoritário pai, o prepotente dom Cristóvão, o ex-namorado e seu apaixonado pretendente? Como escapará de um casamento forjado pelo dinheiro e viverá o seu amor desimpedido? Como diz Sinhá Rosinha: “que se dane seu dinheirinho, eu quero é o amor!”. Uma farsa que exalta os valores como a independência, a arte e o amor.
O teatro e a cultura popular – No processo de pesquisa foram investigados a cultura popular nas fronteiras com o Paraguai e a Bolívia e os paralelos nas relações de gênero, patriarcado, ruralismo e capital, presentes na obra e na formação cultural do Mato Grosso do Sul a partir de suas divisas. A preparação também contou com a realização dos “Seminários Arena Aberta: Gênero e Latifúndio” e “Na rua sem fronteira”, além da leitura dramática da obra “A menina carvoeirinha”, de Garcia Lorca.
Grupo de pesquisa em teatro de rua e espaços não convencionais de encenação, o Imaginário Maracangalha construiu ao longo de sua trajetória uma dramaturgia própria a partir do documentário, memória, cultura popular e literatura. Sempre trabalhando com a linguagem e o acesso do teatro de rua e da arte pública, o grupo é composto por Alê Moura, Camilah Brito, Fran Corona, Fernando Cruz, Moreno Mourão e Renderson Valentim e legitima-se como pela criação e pesquisa de trabalho continuada.
O grupo somou suas habilidades à pesquisa da cenografia, adereços, figurino e musicalidade com profissionais e pesquisadores das áreas relacionadas a seus processos de encenação. O artista plástico GHVA assina a cenografia, figurino, adereços e maquiagem; o músico e maestro Jonas Feliz é o diretor musical do espetáculo, sob a direção de Fernando Cruz.
É reconhecido pela seriedade e profissionalismo em suas construções, que não ficam engavetadas ou restritas a apresentações de execuções de projetos, mas circulam dentro e fora do Brasil, tratando o recurso público como forma de expansão da arte pública e chegando a toda população na rua, de forma democrática.
O autor – Um dos expoentes máximos da literatura espanhola e mundial, Federico García Lorca fez de sua poesia e obra teatral conhecidas pela envergadura trágica e por sua universal e recorrente temática de amor, morte e liberdade, revelando-se um artista preocupado com a renovação da cena e sua recepção, cuja meta era a realização de um teatro eminentemente popular: na linguagem e no acesso.
Confira o cronograma de apresentações:
Dia 9 de maio – Sábado
10 horas – Centro Comercial Coophavila – Av. Marinha.
20 horas – Feira da Vila Jacy – Av. Laudelino Barcelos, Europa e D. Otília Barbosa.
Dia 10 de maio – Domingo
11 horas – Feira Praça Bolívia – Bairro Santa Fé.
16 horas – Parque das Nações Indígenas.
Dia 12 de maio – Terça-feira
17 horas – Praça Ary Coelho – Centro.
Serviço: As apresentações são gratuitas.
Contatos para a imprensa:
Fernando Cruz: (67) 9250-9336
Sede do TIM: (67) 3356-7682
Comparsas: (RBTR) Rede Brasileira de Teatro de Rua, Najom, Ateliê Passarinho, Associação Miguel Couto, Degrau Estúdio, Brasa Comunicação, Teatral Grupo de Risco, Circo do Mato e Flor & Espinho Teatro. Investimento e Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul – Prêmio Rubens Correa de Teatro 2014.
Reportagem: Carol Alencar