Campo Grande (MS) – Aberto na manhã desta quinta-feira (30) pelo governador Reinaldo Azambuja e pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação da Presidência da República, Aldo Rebelo, a 1ª reunião do Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul inicia um novo momento de planejamento para o desenvolvimento sustentável do Estado apresentando propostas para um grande desafio: aliar as vocações agrícolas e industriais à proteção do patrimônio ambiental.
Contando também com a participação do secretário de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação, Athayde Nery, o Fórum abre novas perspectivas de debate. Por meio dele as ações de governo são embasadas por propostas e projetos apresentados tanto pelos meios acadêmicos como pelo setor produtivo.
Porém, a política do governo estadual para a Ciência e Tecnologia vai além. “A proposta é a de garantir o aporte de órgãos de pesquisa, a criação de um ambiente de discussão, algo que o Fórum já iniciou, a construção de uma pauta de inovação e a aplicação dos recursos necessários para o desenvolvimento de pesquisas e soluções de desenvolvimento sustentável”, avaliou Athayde Nery.
Para o secretário, inovação e empreendedorismo estão ligados e são impulsos fundamentais para o desenvolvimento de novas tecnologias que se voltam para a formação de uma sociedade mais justa. Sempre com a preocupação na manutenção do patrimônio maior, o meio ambiente, é possível desenvolver setores como a bioeconomia, a educação e a saúde pública.
Para o ministro Aldo Rebelo, o governo federal reconhece a importância do Estado, sua propensão e interesse na proteção do patrimônio ambiental e no desenvolvimento social e tecnológico. “Os avanços científicos permitirão ao Mato Grosso do Sul conviver com uma economia forte, baseada tanto no agronegócio como nos demais setores, como indústria, comércio e serviços por meio dos avanços científicos, que garantirão no futuro a sustentabilidade plena”, avaliou.
Durante o evento o governador assinou a contratação de 95 projetos de pesquisa e inovação aprovados nas Chamadas Públicas Pronex (Programa Núcleos de Excelência), PPP (Programa Primeiros Projetos), Pronem (Programa Núcleos Emergentes) e Tecnova (Programa de Inovação nas Micro, Pequenas e Médias Empresas), totalizando R$ 10,5 milhões em recursos da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado (Fundect/MS), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
O diretor-presidente da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado (Fundect), Marcelo Turine, explicou que o Fórum é um espaço de discussão entre a academia, o setor produtivo e o governo na proposição de programas e ações estratégicas de CT&I. “É um avanço para a criação de uma Política de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação”, complementou.
Representantes das 25 instituições que integram o órgão colegiado permanente também tomaram posse nesta primeira reunião. Durante a conferência foram instituídas dez câmaras temáticas: Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), Ambientes de Inovação, Estado Digital Inteligente, Economia Criativa, Intensificação da Produção em Pastagens Degradadas, Cadeias Produtivas, Ciência e Tecnologia na Educação, Bioeconomia, Biodiversidade e Bioenergia. Também serão discutidas ações para promover a criação e o fortalecimento dos programas de pós-graduação stricto sensu.
Marcio Breda, com informações de Diana Gaúna