Publicado em 23 ago 2025 • por Daniel •
A tarde deste sábado (23) foi de muita alegria para crianças e adultos no Centro de Múltiplo Uso durante o Festival de Inverno de Bonito. Atrações de teatro, circo e contação de histórias atraíram toda a família e proporcionaram momentos de muita descontração.
As apresentações se iniciaram às 14 horas com o Cirko Marisko, que trouxe um espetáculo de rua vindo diretamente da Argentina. Formado na década de 1990 em Buenos Aires, o Cirko Marisko conquistou espaço em apresentações nas ruas da cidade e, com o passar dos anos, em festivais de teatro e eventos internacionais. Atualmente, o espetáculo se tornou um fenômeno viral nas redes sociais alcançando 4 milhões de seguidores entre Facebook, Instagram e Tik Tok. Sua trajetória de sucesso inclui apresentações em eventos na Argentina, Uruguai, Equador, Chile e agora, pela primeira vez no Brasil, no Festival de Inverno de Bonito.
O espetáculo do Cirko Marisko se destaca pela fusão de humor, street dance e rap, com participações de adultos e crianças, sempre com um toque de improviso que faz de cada apresentação, única. Suas coreografias dinâmicas e divertidas fazem um espetáculo que mistura talento, criatividade e muita energia, conquistando espectadores de todas as idades.
Um dos integrantes, Martin Conga, disse que é muito bom poder participar do Festival, “muita gente, muito colorido, muitos artistas. Nós ficamos agradecidos pelo convite da Fundação de Cultura”.
Outro integrante do Cirko Marisko, Lucas Álvarez, disse que se inspira em comediantes como Eddie Murphy, Cat Williams e Jim Carrey para fazer seus números. “Tenho 45 anos e danço desde os oito anos do Street Dance e Hip Hop. E vou fazer um pouco de Hip Hop com humor com o meu companheiro Martin Conga”.
Na plateia, o diretor de trânsito de Bonito gostou muito do espetáculo: “Muito alegre, muito divertido. Eu já os assisti pela internet. Que fantásticas oportunidades que o Festival de Inverno nos traz com tantas atrações agradáveis e dinâmicas”.
Logo depois, às 14h50, começou um espetáculo de contação de histórias com Tânia Katuapó. Ela apresentou histórias de cultura africana e histórias de cultura indígena, também cantigas de cultura popular e também autoral. “Eu uso alguns instrumentos percussivos para dar um dinamismo maior, uma paisagem sonora mais interessante. Eu acho maravilhoso contar histórias no Festival porque a gente acaba resgatando essa prática, dando continuidade a essa oralidade, as narrativas, a sabedoria de boca em boca. Essencial, essencial para o ser humano, ajuda na formação, na informação”.
O músico Luciano Ossuna Braz trouxe seu filho Léo, de três anos, para ver a contação de histórias. “Eu acho que é totalmente necessário pra criança conhecer o folclore e também pra desenvolver um crescimento humano dele. Achei muito interessante que ela faz um apanhado de várias histórias para as crianças”.
A moradora de Bonito Claudette Ramos achou a contação de histórias “muito gostosa, maravilhosa, encantadora”. Ela trouxe sua neta Alice, de oito anos, para assistir e também veio com sua filha. “A contação de histórias desenvolve a imaginação, a cultura. Eu acho que a gente vai para o mundo além do que a gente está aqui hoje na realidade. Então para criança é muito importante”.
Às 15h50 começou a peça de teatro “Meio Ambiente”, da Trupe Guavira. Durante a performance teatral, foram abordadas importantes questões relacionadas ao meio ambiente. Os atores destacaram a necessidade de descartar resíduos de maneira adequada, evitando a queima de lixo. O evento também incluiu momentos interativos, nos quais os membros da plateia foram convidados a participar, com o intuito de testar seus conhecimentos sobre a separação adequada de resíduos, reforçando assim a relevância dessas ações no dia a dia.
A produtora cultural Kely Zerial, que interpreta a Guavira dos Santos na peça, disse que a importância maior dessa peça teatral é que o grupo usa um recurso muito antigo e muito válido que é a palhaçaria para falar com as crianças e com as famílias. “Porque as peças de teatro com temas ambientais e ecológicos são atemporais porque elas ensinam brincando tudo aquilo que a gente acha que está todo mundo cansado de saber, mas a gente sabe que um descuido pode daqui a pouco virar um grande crime ambiental. Tudo começa com um papelzinho de bala, um saquinho de bolacha que a gente não coloca no lugar certo. Jogando latinha nas avenidas, nas estradas, vidro e tantos outros lixos, né? Então falar de educação ambiental, sustentabilidade, educação sanitária através da palhaçaria, a gente sabe que é algo muito efetivo e eu acho que a resposta vocês meio que viram aqui com as crianças reproduzindo o que é correto fazer”.
Como produtora cultural, Kely se sente muito recompensada por saber que o Governo do Estado, a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul abraçam “tudo aquilo que a gente sabe que é válido, que é a arte, a cultura e a educação junto. A gente já havia conversado durante a semana que a gente estava ensaiando aí as semanas e a gente já estava assim muito feliz por estar num lugar que hoje é um foco de visão, que é o Festival de Inverno de Bonito”, finaliza.