Publicado em 14 ago 2025 • por Karina Medeiros de Lima •
Integrando a programação da Galeria de Arte do Festival de Inverno de Bonito 2025, a oficina Galeria Viva propõe uma imersão artística a partir da mediação das obras da exposição curada especialmente para o evento. Voltada a estudantes do ensino médio da rede pública e professores de arte, a atividade articula práticas de observação e sensibilização com experimentações pictóricas.
A oficina é gratuita e as inscrições estão abertas por meio da plataforma Sympla. Para se inscrever basta clicar AQUI. A oficina tem como eixo temático a proposta “Reservas afetivas: Onde a água toca, nasce!”, incentivando cada participante a criar uma obra autoral que ressignifique poeticamente os elementos da mostra. Ao final da mediação e da investigação visual, cada participante será convidado a produzir uma pintura em tela (30×40 cm), ativando a galeria como um espaço de criação viva, pulsante e compartilhada.
A oficina acontece nos dias 21 e 22 de agosto, quinta e sexta-feira, sendo a primeira turma das 10h às 12h e a segunda turma das 14h às 16h. Nestes dois dias será direcionada para estudantes do ensino médio da rede pública (até dez participantes por turma). No dia 23 de agosto (sábado) haverá a turma única, das 10h às 12h. O público alvo são professores de arte da rede pública (até dez participantes). O local é a Galeria de Arte do Festival de Inverno de bonito. Cada pessoa poderá participar de apenas uma turma.
O coordenador de Artes Visuais do Festival de Inverno de Bonito e gestor cultural da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Renan Reis Braz, explica que a oficina vai consistir em desenvolver uma habilidade nos alunos e nos professores de como visitar uma galeria, como observar obras e trabalhos. “Vai ter uma visitação, uma visita mediada com o público, e logo após vamos ter uma dinâmica de cards onde o público vai olhar a obra e também fazer releituras das imagens. Então, ele vai começar a observar o trabalho, vai fazer anotações sobre esses trabalhos e vai fazer um pequeno esboço do que são essas imagens, o que são esses trabalhos e como que esse trabalho converge junto com a vivência desse indivíduo. Depois disso, depois desse processo todo, que é a mediação, a gente vai para uma oficina de pintura com esse esboço e com essas ideias”.
Renan diz que o intuito da oficina de pintura é que os participantes passem pelo conhecimento, adquiram o conhecimento da galeria, coloque o próprio conhecimento na dinâmica e com isso construa um trabalho com uma expressão artística. “A gente vive numa época que a gente é bombardeado de imagens o tempo todo e a tela, ela dura segundos dependendo dos aplicativos que a gente utiliza. Então, você parar para visualizar e conseguir observar uma imagem com mais atenção, com mais afínco, com maior detalhamento, você consegue desenvolver uma apropriação dessa imagem a ponto que você dialogue sobre isso, então você vai criando um vínculo com o presente, eu acho que esse é o primeiro momento e a primeira parte mais interessante, que você consegue se manter na presença diante de uma imagem numa era que a gente vive com tantas imagens e ao mesmo tempo conseguir criar narrativas, roteiros, desenvolver a criatividade, que eu acho que esse é um ponto muito importante e fundamental para qualquer indivíduo e que consiga se desenvolver a partir disso, e aí para um pronto final que você consiga se expressar através da arte na forma da sua própria criação, isso faz com que a pessoa também se sinta mais confiante também, num processo de se colocar no mundo”, finaliza.
Texto: Karina Lima
Foto: Obra de Juliano Varela