Fundação de Cultura fortalece artesanato regional, gera renda e amplia oportunidades

  • Publicado em 10 dez 2025 • por Marcio Rodrigues Breda •

  • Com olhar sensível à diversidade cultural e ao potencial econômico da arte, a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul encerra 2025 com balanço positivo das ações desenvolvidas pela Diretoria de Artesanato, Moda e Design. O ano foi marcado por formação profissional, valorização das tradições regionais e ampliação de espaços de comercialização, consolidando o artesanato como uma importante ferramenta de identidade e geração de renda no Estado.

    Entre os principais marcos do ano estão as oficinas do projeto Artesania, realizadas em diversos municípios do interior, a realização da tradicional Semana do Artesão e a inauguração da Casa do Artesão no Bioparque Pantanal – iniciativas que, juntas, desenham um ciclo positivo que vai da capacitação à venda dos produtos.

    Casa do Artesão no Bioparque: novo espaço, novas possibilidades

    Um dos momentos mais simbólicos de 2025 foi a inauguração da filial da Casa do Artesão no Bioparque Pantanal, em março deste ano. Instalado em um dos equipamentos turísticos mais visitados do Estado, o novo espaço passou a oferecer produtos de artesãos cadastrados, aproximando o trabalho manual do grande público e ampliando as oportunidades de comercialização.

    Foto: Ricardo Gomes

    As vendas subiram mês a mês, atingindo média de R$ 35 mil. Os recursos possibilitam mais renda aos artesãos; já as peças, com a cara de Mato Grosso do Sul, alcançam todo ao país e até o exterior, levadas por turistas.

    Localizada no hall de entrada do Bioparque Pantanal, a loja ocupa uma área de 12 m². O atendimento ao público segue os horários de funcionamento do Bioparque: de terça a sábado, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h30; e aos feriados, das 8h30 às 14h30.

    Talento local transformado em oportunidade

    Ao longo de 2025, o projeto Artesania levou conhecimento técnico e estímulo criativo a dezenas de comunidades do interior do Estado. Por meio de oficinas de macramê, cerâmica, biojoias, bordado, amigurumi e técnicas com sementes e fibras naturais, artesãos iniciantes e experientes tiveram acesso a formação gratuita e qualificada.

    As oficinas promoveram aprimoramento de técnicas manuais e estimularam a autonomia, autoestima e visão empreendedora. Com enfoque no uso de matérias-primas regionais e o resgate de saberes tradicionais, o projeto contribuiu para o fortalecimento de identidades locais e para a criação de novas possibilidades de renda, especialmente para mulheres e comunidades em situação de vulnerabilidade social.

    “Dividimos o projeto em três etapas: oficinas técnicas, de design e de gestão. A Fundação de Cultura primeiro faz o levantamento de matéria-prima, qual a vocação local, para depois levarmos as oficinas. Tivemos um grande número de capacitações, várias pessoas se realizando dentro do artesanato, ampliando seu conhecimento da área e consequentemente, de renda”, explica a diretora de Artesanato, Moda e Design da FCMS, Katienka Klain

    Semana do Artesão é vitrine de talentos, cultura e inclusão

    Outro grande destaque do ano foi a realização da Semana do Artesão, que transformou Campo Grande em um verdadeiro palco da criatividade sul-mato-grossense. Com feiras, exposições, oficinas abertas ao público e atrações culturais, o evento reuniu artesãos de diferentes regiões do Estado, além de representantes de comunidades indígenas.

    Foto: Ricardo Gomes

    A Semana funcionou como uma grande vitrine da pluralidade cultural de Mato Grosso do Sul. Peças em cerâmica, tecidos, fibras, madeira, sementes e materiais recicláveis encantaram o público e fortaleceram o contato direto entre produtores e consumidores. Além disso, a programação contou com rodadas de negócios e orientações técnicas, em parceria com instituições de apoio ao empreendedorismo, ampliando o acesso dos artesãos ao mercado.

    Categorias :

    Artesanato

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