Campo Grande (MS) – Saudações Pantaneiras: um show de muita sensibilidade e rara beleza, que emocionou o público no teatro Aracy Balabanian na noite desta sexta-feira, dia 10 de abril. Não poderia ser diferente, pois a atuação de dois músicos já bem conhecidos da nossa terra e também no Brasil e exterior, instrumentistas de muita sensibilidade e virtuosismo, Geraldo Espíndola e Marcelo Loureiro, se reuniram para presentear o público com um belíssimo repertório representativo da nossa terra.
Com o teatro lotado, o público pôde conferir um show descontraído, em que os artistas contavam ‘causos’ de suas vidas e batiam um papo com a plateia, que participava, conversando com os artistas.
Cunhataiporã, Tocando em Frente, A Chalana, Trem do Pantanal, É necessário, Kanawciuê, Cascade, tango Por uma Cabeza, Mercedita, Kikiô foram uma das músicas que fizeram parte do repertório do show.
O músico Marcelo Loureiro, em entrevista após o show, explicou que a escolha do repertório com músicas conhecidas mas com arranjos diferentes se deve ao fato de que os músicos pretendem participar de editais para levar o show , que estreou nesta sexta, para uma turnê pelo Brasil, por meio de editais. “O Geraldo decidiu preparar um show para circular pelo Brasil e decidimos nos reunir, dois músicos com carreiras solo diferentes, para mostrar nosso trabalho pelo país”.
O show começou a ser preparado há um mês atrás, e na noite desta sexta, no teatro, foi gravado o DVD para ser apresentado a instituições para concorrer aos editais.
Geraldo Espíndola disse que a ideia de reunir os dois músicos já era um sonho antigo dos dois. “Sempre tive vontade de tocar com o Marcelo. Adorei a experiência e quero fazer outros shows com o Marcelo. Nós ensaiamos muito para fazer música de qualidade, para apresentar um bom resultado ao público. E nossas músicas são um cartão de visita para pessoas que vêm de outros lugares visitar nossa terra.”
Quem assistiu ao show pôde ver uma mescla de diferentes instrumentos, como o já tradicional violão, a harpa, o charango, que é um instrumento boliviano do folclore andino e o violão midi, que reproduz sons de vários instrumentos.
“Um show que não tem defeito, maravilhoso, foi a definição de Márcia Stanzione, uma das pessoas que assistiu ao show. Márcia disse que foi convidada por uma amiga, Genise Filártiga. “Foi um presente que a Genise me deu. Fiquei impressionada com a sensibilidade do Marcelo Loureiro. Ele sente, vive a música. Eu tenho de uma família de músicos, toco teclado e violão, tem muitas músicas do repertório do show de hoje que eu toco também, como Trem do Pantanal”, afirmou.
A arquiteta Maria Lúcia Torrecilha disse que o show foi um resgate da nossa história. “Achei o show belíssimo. Liga o contemporâneo ao antigo, com algumas músicas da década de 60, quando o Geraldo começou sua carreira aqui. O show conseguiu retratar toda a cultura do nosso Estado. O Geraldo foi acompanhado por um instrumentista sensacional, que fez a ponte entre música de raiz dos avós dele [Loureiro, que contou a história durante o show] com a música regional atual, que é universal.
O show Saudações Pantaneiras foi fechado com chave de ouro, com pedido de bis da plateia para a música Vida Cigana. Os músicos foram acompanhados com o coro do público, que foi para casa com gostinho de quero mais.