Todas as artes cabem em Bonito: FIB 2025 celebra diversidade cultural

  • Publicado em 23 ago 2025 • por Daniel •

  • Circo, dança, teatro, música, moda, artesanato e artes visuais lado a lado. Todas as artes estão representadas e têm espaço no Festival de Inverno de Bonito, que se transformou numa área de representatividade e diversidade cultural.

    O artista da dança e da moda, Edson Clair, participa do Festival expondo suas criações de moda. Ele acha necessária esta inclusão de todas as artes no FIB “nesse momento que a gente vive no mundo”. “Acho que tudo tem que ser exposto, tem que ser registrado, tem que ser mostrado. Então, o Festival tendo essa amplitude de linguagens, eu acho que super agrega pro evento. Eu vejo o crescimento do Festival, dos anos que eu venho, desde que o mundo é mundo eu venho nesse Festival. E eu vejo esse crescimento, eu vejo que ele está dialogando mais com o que está acontecendo no mundo. Eu acho super importante”. 

    O coordenador de Artes Visuais do Festival de Inverno de Bonito, Renan Reis Braz, afirmou que se consegue unir dentro de um festival muitas ações que acabam convergindo e auxiliando umas às outras. “As ações vão se complementando. Então o público que, por exemplo, está saindo de um palco, ele visita uma galeria, que ele já vai para uma exposição de artesanato, ele consegue ter no mesmo dia várias experiências, tanto sensoriais quanto estéticas, de atrações ao longo do dia. Então é muito importante que o Festival tenha essa multiplicidade para conseguir trazer diversos sensações e percepções das artes que são inúmeras”.

    A artesã Jane Clara Arguello, do Sindicato dos Artesãos de Mato Grosso do Sul, está comercializando seus produtos na Tenda do Artesanato. Para ela, tudo é cultura. “Literalmente, o Festival está dando oportunidade para todo mundo. E o nosso artesanato veio de várias cidades. Veio de Rio Verde, veio de Jardim, veio de Caarapó. Então foi uma coisa muito bonita poder montar esse estande aqui do artesanato com o pessoal de fora. Os povos que estão aqui, já chegou muita gente falando outras línguas, querendo levar um pedacinho de Mato Grosso do Sul para o seu país”. 

    A escritora Maria Carol participou de um bate-papo literário durante o Festival. “Eu acredito que o FIB é uma iniciativa muito bonita e muito política também, porque a gente viveu um cenário de desmonte da arte muito grande. A arte é essencial para a gente. A arte também contribui para a saúde mental, então a gente precisa transitar nesses espaços, a gente precisa se ver nas diversas linguagens artísticas, então é muito importante que a gente esteja aqui existindo e resistindo a partir das várias facetas que a arte tem para nos apresentar, então Mato Grosso do Sul só tem a ganhar com iniciativas como essa”.

    O produtor executivo e apresentador do Canta Bonito Bandas, Kalu Carvalho, acha que está cada vez mais ampla essa inclusão de todas essas áreas culturais no FIB. “Ter gente de bonito em todas essas áreas é o mais importante, porque o bonitense ama o festival de inverno, tem um carinho muito grande por esse evento e quando ele participa em vários meios, de várias formas, quando isso acontece o bonitense fica feliz e eu acho que é cada vez mais importante que o bonitense se sinta também dono desse espaço, dono dessa atração que as pessoas vêm pra prestigiar. A música, eu acho que, como é a minha área, a gente percebe aí com a volta do balneário cultural, está sendo muito bacana, consegue abranger mais artistas, cada um tem mais espaço para mostrar o seu trabalho, que às vezes a gente fala que o que a gente mais quer é um espaço para mostrar nosso trabalho, mostrar que a gente é capaz, mostrar que a gente tem um leque de artistas aí que pode atender os eventos também, então acho que o mais legal é fazer uma inclusão tanto os artistas da cidade, quanto os de fora, eu acho muito importante isso e cada vez mais a gente tem que conseguir mais espaço”.

    O violinista Francis David Vidal tocou no projeto Catedral Erudita, durante o Festival. Para ele, o FIB é algo fundamental de acontecer, necessário de acontecer, não só em Bonito, mas que seja implementado em outros locais do estado, “que carece muito desse tipo de fomento para a arte em geral e o formato que ele está acontecendo ele é muito acolhedor”. “Eu fico me imaginando no lugar das pessoas, aqui passando, aqui está acontecendo música ali, está acontecendo dança do outro lado, está tendo culinária, aqui está tendo música de concerto, então é maravilhoso, eu acho que o estado está super parabéns nesse sentido porque a cultura salva, a cultura cura, a cultura muda pensamento, ela traz alegria, ela junta pessoas, conecta, então é maravilhoso. Sem contar que fomenta a economia local, a economia cultural, então é perfeito em todos os sentidos”.

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    Festival de Inverno de Bonito

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