Publicado em 22 ago 2025 • por Daniel •
Ícones do rock nacional marcaram a noite com clássicos que atravessam gerações
A segunda noite da 24ª edição do Festival de Inverno de Bonito foi marcada pela energia explosiva da banda Titãs, que levou um grande público ao Palco Lua nesta quinta-feira (21). A expectativa do público foi recompensada com um show repleto de sucessos, nostalgia e uma vibração que transformou o espaço em um grande coro coletivo.
A noite começou com o músico sul-mato-grossense Chicão Castro, que celebrou seus 20 anos de carreira com um repertório que transitou entre composições regionais e clássicos da MPB. “É a realização de um grande sonho, compartilhar esse momento aqui com vocês é muito especial. Um viva a esse estado tão rico de natureza e cultura. Eu tenho orgulho de ser sul-mato-grossense”, declarou emocionado. Em seguida, o DJ Cabi aqueceu a plateia com seu set vibrante, preparando o terreno para a atração principal. Para preparar o público pro grande momento de encontro com a banda, os argentinos do Cirko Marisko fizeram uma intervenção leve e divertida.
Rock em estado bruto
Quando os primeiros acordes ecoaram no palco, o público reagiu com euforia. Tony Bellotto, Branco Mello e Sérgio Britto, integrantes fundadores da banda, comandaram um espetáculo que revisitou mais de quatro décadas de história do rock brasileiro. A setlist foi um passeio por hinos como “Desordem”, “Comida”, “Epitáfio”, “Pra Dizer Adeus”, “Homem Primata” e “Flores”.
O auge veio no encerramento, quando a multidão entoou em uníssono “É Preciso Saber Viver”, transformando o festival em um ritual coletivo de celebração. Quando a banda tocou seus maiores clássicos, os gritos de “Titãs! Titãs! Titãs!” tomaram conta da noite, mostrando a empolgação dos fãs presentes. Outro momento especial foi quando a banda cantou “Caos”, composição de Rita Lee para o grupo. No momento, Branco Mello apresentou ao público o filho de Rita Lee, o guitarrista Beto Lee, que vem acompanhando a banda.
Emoções de quem viveu a história
O bancário Marcos Rossi, que veio de Dourados com a esposa Gabriela Romero e os filhos, resumiu a emoção da plateia: “Nós viemos no festival por causa do Titãs, do Samuel Rosa, do Jorge Aragão. Bonito sempre proporciona ótimos festivais. Eu sou fã do Titãs desde os tempos de ‘Sonífera Ilha’, para mim o melhor disco deles é Cabeça de Dinossauro”.
Já para os visitantes que descobriam o festival pela primeira vez, como a fotógrafa carioca Lauriely Saraiva, o evento se tornou uma surpresa inesquecível: “A gente veio sem muita pretensão porque não sabia do festival. Viemos pra conhecer Bonito e acabamos sendo presenteados com esse show incrível”.
Uma noite para a memória coletiva
Mais do que um show, a apresentação dos Titãs se transformou em uma experiência emocional compartilhada entre diferentes gerações. A plateia cantou junto letras que atravessaram décadas, mantendo viva a chama do rock brasileiro.
A energia deixada pela banda no Palco Lua reforçou o que já se desenha nesta edição do Festival de Inverno de Bonito: a celebração da diversidade musical e o encontro de histórias que se cruzam na cidade.
O Festival de Inverno de Bonito continua até o dia 24 de agosto, em Bonito. Para mais informações sobre a programação completa do evento, acesse o site
https://mscultural.ms.gov.br/ ou o instagram do festival @festivaldeinvernodebonito.
Texto Daniel Rockenbach – Asscom/FIB
Fotos Asscom/FIB