Neste domingo (25), último dia do 23º Festival de Inverno de Bonito, acontece o 7º Eco Skate de Bonito, campeonato que fez parte da programação nas últimas edições e busca a inclusão entre os jovens por meio do esporte.
Patrtícia Balbuena, coordenadora das Culturas de Rua da 23ª edição do Festival de Bonito, diz que a importância do 7º Eco Skate de Bonito é proporcionar a movimentação entre os jovens. “A ideia é trazer os jovens para perto, levar o esporte para eles de uma forma saudável, apresentar uma galera bacana, envolver a juventude, fomentar esse esporte que é olímpico. Isso traz o profissionalismo para a juventude. O skate na vida dos jovens é fazer com que eles foquem em algo que vai trazer benefício para a vida deles, tanto como um hobby, mas também dá um norte para a vida profissional também”.
Cleberson de Oliveira Rojas, skatista e produtor de eventos, está promovendo o 7º Eco Skate Bonito. Ele diz que o campeonato de skate durante o Festival já é uma tradição na cidade e faz parte do Festival há mais de cinco anos. “Hoje estamos aqui no CMU realizando esta intervenção para incentivar novos skatistas e também trazer um pouco da cultura skateboard. A gente está com 50 inscritos, porque fizemos as inscrições on-line durante a semana, mas hoje também a gente espera conseguir fazer pessoalmente. Vamos fazer aqui também a inscrição da galera que está chegando das cidades vizinhas, que não tem acesso à internet”.
Para Cleberson, a importância do skate estar dentro do Festival é realmente contribuir para a cultura de rua. “O skate é um elemento que tem a sua cultura própria. Assim como o rap, como o hip hop, ele tem várias vertentes. O skate é um elemento muito legal para formar a identidade. O skate para mim é um estilo de vida, me alimenta como pessoa, me influencia no meu lado artístico. Eu consigo me expressar através do skate, é uma fonte de energia, uma fonte de alimentação. O skate contribui para a formação da identidade e do caráter da pessoa. Estamos fazendo um trabalho não só de ensinar manobra, mas a cultura do skate, a postura, a persistência, a insistência, a influência, sempre passando uma mensagem positiva, porque o jovem hoje pode pender para o lado das drogas ou para o lado artístico, e a gente faz a nossa força aqui para ele pender para o lado artístico, que é através do skate”.
Marcelo Mattioli Rizzi, jurado do 7º Eco Skate de Bonito, afirma que o skate, além de ser um estilo de vida, é cultural. “Os jovens se envolvem no esporte, na cultura urbana, no lazer, no desenvolvimento pessoal, intelectual, ajuda nos vários aspectos da pessoa, é algo que faz um complemento pra vida no geral. Os critérios que eu uso no julgamento do campeonato são de utilização da área da pista, diversidade de manobras, velocidade, estilo. Ter um campeonato de skate dentro da programação do Festival de Inverno de Bonito para mim significa inclusão social, inclusão cultural, do esporte, do lazer”.
O jovem skatista Marcelo Isidoro Ajala Gueiros, 11 anos, mora em Bonito e já estava bem cedinho nesta manhã para treinar suas manobras na pista. “Tudo começou com a minha mãe comprando um skate para o meu primo. Só que como ele não andava no skate. Então comecei a andar, daí minha mãe foi vendo que eu fui ficando bom, foi comprando skate pra mim e eu fui ganhando o apoio da minha família, fui reconhecido pela minha família, pela cidade”.
O pequeno Marcelinho, como é chamado, diz que o skate representa tudo para ele. “Se não fosse o skate eu não sabia o que eu seria agora. Eu gosto muito de skate, eu pretendo ser skatista algum dia, e não é só por hobby, é também pelas amizades que eu consegui com o skate. É uma profissão para mim. Eu tenho bastantes colegas, tem o Renan, o Guilherme, o Adriano, tem um monte de amigos que andam de skate também. Somos uma comunidade. Skate é família. Todo mundo no skate tem que se ajudar”.
“Eu decidi participar do campeonato para tentar ganhar um pouco de reconhecimento, pela diversão do campeonato, para competir. Você pode melhorar suas manobras, pode conseguir mais amigos. Skate é um esporte e também no Festival de Inverno. É quando o público de Bonito aumenta. Todos os skatistas podem ter um reconhecimento, podem ganhar até um patrocínio. Por isso, acho importante ter skate no Festival de Inverno”.
Karina Lima, Festival de Inverno de Bonito
Fotos: Álvaro Rezende