Campo grande (MS) – Na tarde desta quarta-feira (13.09.2023), no Hotel Internacional, o Encontro Estadual de Gestores Municipais da Cultura orientou os agentes culturais acerca do funcionamento e importância dos conselhos municipais para a realização das conferências municipais.
No evento estavam presentes conselhos municipais do interior do Estado. “É importante reforçar a construção desse diálogo. Sabemos que esta relação gestão e sociedade civil tenha sido construída sob estereótipos que podem ser reforçados e modulados. É importante fazer trocas, desconstruir estes estereótipos e construir o diálogo não somente pensando nas questões dos planos e nas questões nacionais e pensar nos nossos municípios. Este é o papel que a gente assume, não de antagonismo, são papéis distintos que precisam acontecer. Precisamos de comunhão para que possamos construir políticas públicas para a cultura e atingir não só a população, mas capacitar os profissionais da cultura. Quaro ressaltar a importância dos papéis dos setoriais e do fórum estadual de cultura. O fórum antes dos nossos cargos somos nós. Todos que produzem e fruem cultura de alguma maneira. Primeiramente somos sujeitos culturais. Estamos mais próximos do que a gente imagina mas com responsabilidades diferentes . O fórum faz parte do sistema de cultura então é importante que a gente entenda estes papéis”, refletiu o conselheiro Israel, do Conselho Estadual de Política Cultural do MS.
Neste momento foi importante abrir para levantar com os gestores as necessidades e dúvidas e uma série de demandas que o governo do Estado vai poder relacionar, responder e atender. Em relação à sociedade civil ainda é um mistério. O pacto social está vigente na constituição desde 1988 no entanto ele ainda não se tornou cultura. O processo cultural é mais lento, educação e cultura são processos demorados, então vivemos isso em relação ao pacto social. Não é fácil, pois estamos aqui por uma demanda interna de ser cidadão, de participar do nosso trabalho, da política pública do nosso país, do nosso estado, da nossa cidade. Nós conselheiros não ganhamos remuneração, temos uma ajuda de custo para participar das reuniões, mas isso é uma construção, é muito de cada um, porque não é algo que a gente aprende na escola. Aprendemos no exercício que na cultura se faz necessário porque primeiro o artista é o porta voz do povo. Esteve na luta pela democratização deste país historicamente. E segundo, a cultura ainda é vista como algo acessório e ainda estamos consolidando a ideia da cultura para o desenvolvimento humano e territorial, a gente precisa bater nessa tecla. Já estamos avançando ao longo desses anos na nossa movimentação política na cultura do Estado porque nós somos presentes explicou a coordenadora do Fórum Estadual de Cultura de Mato Grosso do Sul, Caroline Garcia.
Na ocasião o secretário Estadual de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania, Marcelo Miranda, agradeceu e parabenizou a presença dos gestores municipais e aos municípios que aderiram a Lei Paulo Gustavo. “Acredito que a partir de agora iremos construir uma política juntos. Silvio Lobo finalizou: “O quanto antes os municípios tiverem as datas de suas conferências é melhor para ajudar”.
Foto: Daniel Reino