A Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaias Paim vai receber no dia 16 de setembro, sábado, às 10 horas, um debate sobre “A Solidão na Literatura”. O evento é realizado pela escritora Adrianna Alberti, com a participação das escritoras Leila Aparecida da Silva, Tânia Souza, e o escritor Fabio Gondim. O evento tem o apoio cultural do Coletivo Literário Tarja Preta e do Movimento Mulherio das Letras Mato Grosso do Sul.
Segundo a organizadora, a ideia é abordar a solidão tanto da prática da escrita quanto como tema da literatura. “A escolha surgiu em razão do diálogo com o lançamento do meu novo livro ‘Outros Silêncios em Vigília’, pela Editora M.inimalismos – que será lançado no próximo dia 19.
“A solidão é um tema recorrente no livro e pensando em dialogar com outros escritores pensei na realização do debate. Acho sempre muito importante e interessante ver a visão de outros artistas sobre o tema, e com o intuito sempre de articular um lançamento literário a uma discussão junto à comunidade”, diz Adrianna.
Para a autora, debater a solidão na literatura, além de ampliar perspectivas, nos aproxima das pessoas.
A autora considera escrever um ato solitário. “A parte da inspiração não necessariamente surge da solidão em si, às vezes é até um ato comunitário que faz surgir a centelha daquilo que eu pretendo escrever. Mas o ato da escrita em si, a organização das ideias, a perspectiva, até ter uma estrutura mais ou menos elaborada, é totalmente eu e o papel em branco, rascunhado. Eu creio que depois, com leitores beta e depois com a crítica, a escrita adquire a relação com o outro – se não pelas dicas dos leitores, pela interpretação que já foge do autor da obra”.
“Minha prática de escrita atravessa uma questão de autoconhecimento. Quando falo da solidão, eu falo porque em certa medida a vivencio, seja a solidão imposta, seja o desejo de querer estar sozinho e estar bem com isso, que vamos chamar de solitute. Parece piegas dizer que não escolho o tema, pois em geral, pelo menos em poesia, eu não escolho, a inspiração vem e eu escrevo – ou mais precisamente a inquietação”.
Para a autora, durante a pandemia a poesia foi uma forma de auxiliar nos momentos difíceis: “Algumas dessas poesias foram escritas durante a pandemia ou nos períodos em que meus episódios depressivos estavam mais agravados, então a poesia foi uma forma de desaguar no papel esses momentos difíceis”.
Você se interessa por literatura? Gostaria de participar dos debates? Este evento é aberto ao público com entrada franca. Vão ser comercializados os livros dos escritores dos coletivos no local.
Karina Lima FCMS