Corumbá (MS) – Seguindo a programação do segundo dia de Festival América do Sul Pantanal, bem próximo do Palco do Sol, o grupo boliviano Teatro Trono chegou em forma de cortejo, com bandeiras coloridas e danças, envolvendo as pessoas que assistiam.
Cada ator tocava um instrumento de percussão, e juntos pareciam uma verdadeira escola de samba boliviana. Enquanto tocavam, um dos atores fazia movimentos sinistros e ao mesmo tempo cômicos com o corpo, dando show de contorcionismo.
Depois de atrair os olhares e a atenção de quem passava pelo local, o grupo iniciou a apresentação do espetáculo “Corpos sem Fim”, tratando as relações de família de maneira engraçada, porém cheia de críticas e recados. A peça é dirigida pelo famoso teatrólogo Ivan Nogáles.
Trocando rapidamente de figurino, o grupo apresentou uma outra história onde uma atriz criança fazia o papel de uma menina (Dominguita) que chorava ouro. Ao descobrirem o fato, seus parentes inventavam estranhos modos de fazê-la chorar para ficar com o ouro que saía de seus olhos.
Apesar do espanhol acelerado, a interpretação, entonação e o movimento corporal dos artistas traziam um entendimento lógico a quem assistia. “Eles são muito engraçados, eu entendi bem pouco pois não domino a língua deles, porém ficou fácil de saber o que estava acontecendo, eles são malucos, fazem com prazer”, opinou a estudante Mariana Gomes, de 16 anos.
texto Alexander Onça