Campo Grande (MS) – O Museu da Imagem e do Som comemora seus 20 anos de existência nesta quinta-feira (20.12), às 9 horas com a exposição “Memória do MIS”, que traz objetos, fotos, documentos, filmes e vinis que rememoram sua trajetória.
Compõem a exposição fotos antigas de Campo Grande que fazem parte do acervo do museu; um painel com fotos das atividades realizadas em 2018; painel com discos de vinil que fazem parte do acervo; um painel com fotos de “making off” de filmes produzidos aqui no Estado; cartazes de filmes realizados em MS; fotografias premiadas pelos três concursos promovidos pelo museu, em 2012, 2013 e 2014, com o tema “Patrimônio Histórico e Cultural de MS” e retratos pintados em um curso realizado pelo MIS.
O Museu da Imagem e do Som criado através da Lei n. 1793 de dezembro 1997, foi instalado no ano seguinte (28 de dezembro de 1998) no subsolo do Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, completando em 2018 20 anos de sua implementação. Em janeiro de 2001 o MIS oi transferido para um prédio na Avenida Afonso Pena, facilitando assim o acesso à população. Em 2006, com a criação do Memorial da Cultura Apolônio de Carvalho, o museu passou a ocupar o 3º andar do prédio.
Além de coletar, registrar e preservar os sons e imagens da vida do sul-mato-grossense, nos seus aspectos humanos, sociais e culturais, o MIS é um importante núcleo de formação e difusão artística e educativa. “As mostras de cinema, oficinas, exposições, seminários, simpósios, fazem parte da missão do Museu e nos últimos anos as parcerias com diversas instituições culturais e educativas do Estado tem sido fundamental para o fortalecimento destas ações”, afirma a escritora e cineasta Marinete Pinheiro, atual gestora do museu.
A primeira gestora do MIS foi Idara Duncan, idealizadora do MIS e considerada a “mãe biológica” do museu. Idara lutou por dois anos para a implantação do MIS na época em que era secretária de Cultura, quando finalmente o MIS foi oficialmente criado em 9 de dezembro de 1997. “A criação do MIS é de toda uma geração de pessoas ligadas à música, à fotografia e ao cinema nesse Estado. É uma coisa que representa o que o Estado quer e precisa. O MIS abriga tudo o que aconteceu em imagens, filmes, o que as pessoas fizeram com todo o sacrifício. Eram realmente os amantes da cultura. As coisas foram crescendo, o material se acumulando, e precisávamos de espaço. O que eu fiz foi só alinhavar para conseguir registrar e acolher toda essa riqueza que é a nossa história e a vida do nosso povo. As pessoas se uniram por um ideal, que era um ideal coletivo. Um povo não existe sem memória. O MIS é um exemplo para as outras unidades da Federação”.
Depois de Idara, geriram o museu a museóloga e escritora Eliane de Oliveira Lima (2001-2006), o artista visual, professor do curso de Artes Visuais da UFMS e doutor em Educação Rafael Maldonado (2006-2010), o cineasta, músico, mestre em Estudos de Linguagens pela UFMS e doutorando em Cultura e Sociedade pela UFBA Rodolfo Ikeda (2010-2014), o mestre em Estudos de Linguagens pela UFMS e professor de fotografia Alexandre Sogabe (2014-2015) e atualmente o museu é gerido pela escritora, jornalista e cineasta formada pela Escuela Internacional de San Antonio de los Baños (Cuba), Marinete Pinheiro. Todos foram convidados para a comemoração desta quinta-feira.
A exposição fica aberta ao público por dois meses no Museu da Imagem e do Som, que fica no 3º andar do Memorial da Cultura e da Cidadania (Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559). Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 7h30 às 17h30. Informações pelo telefone (67) 3316-9178.
Fotos: Edemir Rodrigues