O domingo (24) na Esplanada Ferroviária foi de atração musical para a criançada e muito forró. Foi o último dia das atrações musicais e da Feira Mãos que Criam durante a Semana do Artesão 2024. O público compareceu em peso para prestigiar o encerramento deste evento que foi puro sucesso, em homenagem aos artesãos sul-mato-grossenses.
A ceramista e presidente da Uneart, Leslie Bassi Gafuri, afirmou que esta 16ª edição foi o melhor ano da Semana do Artesão. “Eu acho que foi o melhor ano, a estrutura, a Fundação de Cultura fez um evento grandioso, e dentro deste evento teve a Rodada de Negócios, foi maravilhoso, o resultado foi surpreendente, porque eu vendi muito mais que eu previa na Feira, eu gostei demais do resultado. Além de tudo juntar o interior, esta união, esta situação de estar junto, conhecendo os artesãos e principalmente vindo lojistas de fora, esta participação foi muito importante. E mostrar para a população que nós estamos aqui, vendendo a nossa identidade”.
Rosemeire Moura Aguirre, da Associação da Praça dos Imigrantes, faz costura criativa e agora está fazendo as capivaras, jacarés, tucanos, para agregar na sua área. Para ela, é gratificante participar da Feira. “É sempre gratificante participar, as vendas foram boas, é muito bom participar porque a gente se sente elogiada, valorizada, eu fiquei muito feliz porque eu consegui mostrar o meu trabalho, a capivara foi o que eu mais vendi, fez sucesso na Feira, foi muito bom, fora os shows que foram muito bons”. Sua amiga Valdice Santos, artesã em crochê, completa: “É a gente poder mostrar nosso trabalho, e o pessoal conhecer. Então eu creio que vai ter mais vendas, a gente vai conseguir pegar mais encomendas, porque foi bem visualizado, as peças foram muito bem aceitas, nós acreditamos que foi ótimo o evento e muito gratificante pelo reconhecimento do nosso trabalho”.
Durante a atração musical infantil Batucando Histórias, a criançada, e porque não também os adultos, se divertiram pra valer. Wancleia Arce Antonio Lanziani, integrante do grupo, disse ser uma honra fazer parte do evento. “Fazer parte desses 16 anos de Semana do Artesão, e poder prestigiar esse evento, ter a oportunidade de ter um público como este acompanhando, é uma honra. Eu amo artesanato, todos os nossos trabalhos que a gente realiza da parte da contação de histórias vieram do artesanato, os bonecos, a caixa de história, faz parte do Batucando Histórias o artesanato também”.
Bruna Gabrieli Costa da Silva, 23 anos, estudante, trouxe o filho de três anos para ver o Batucando Histórias. “Eu decidi trazer ele para ele se enturmar com as crianças, e por ser uma atração infantil, eu decidi trazê-lo para ele se divertir, e é bacana também porque eles têm roupas de personagens, as crianças adoram. Eu estou acompanhando a Semana do Artesão, inclusive os outros shows que aconteceram. Está muito bacana”.
Vera Lúcia da Silva, artesã, 58 anos, trouxe os dois netos, Davi Lucas, de 7 anos, e Ana Clara, de 9 anos. Eu trouxe meus dois netos para participar, eles fizeram a Oficina de Biscuit, da Páscoa, eles estavam visitando os estandes, e eles gostaram do estande onde tem as madeiras. Eu não conhecia o Batucando Histórias, estou conhecendo hoje, estou gostando, muito interessante. Gratidão é o que nos define pela Semana do Artesão. O espaço que estão dando para os artesãos estarem buscando o seu trabalho é muito importante, a gente trabalha com as mãos, para ajudar na renda familiar e o reconhecimento das pessoas pelo nosso trabalho é gratificante”.
Visitando a Feira Mãos que Criam neste domingo, o diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Mendes, afirmou ter sido muito produtiva a Semana do Artesão. “A Rodada de Negócios com mais de 400 mil reais, na maioria dos trabalhos quase tudo vendido. Eu tive a oportunidade de passar em todos os estandes agora e todos muito felizes com o resultado. Eu acho que vir para a Esplanada este ano foi muito favorável, um local já de visitação onde as pessoas já conhecem, e as atrações musicais, os shows, hoje temos um show infantil que traz um pouco a família campo-grandense para cá, são ingredientes que ajudam a fazer o sucesso das vendas do nosso artesanato”.
A gerente de Desenvolvimento de Atividades Artesanais da Fundação de Cultura, Katienka Klain, disse que o saldo do evento foi muito positivo. “A gente teve uma quantidade de pessoas muito grande, as atrações realmente atraíram pessoas, no sábado o Grupo Tradição fez um show à parte, teve muitas pessoas, e resultou um saldo de vendas bem positivo, tanto a questão dos lojistas na Rodada de Negócios quanto a questão do varejo aqui também teve um grande número de vendas. As pessoas vêm muito pela atração musical, depois acabam circulando também e gastando na Feira”.
Última atração do dia, o Grupo de Forró Flor de Pequi trouxe o público para dançar ao som das músicas que aquecem o coração das pessoas. Lucas Rosa, do Flor de Pequi, que toca zabumba e canta no grupo, disse que para ele e para nós do grupo foi um prazer imenso fazer parte deste evento. “É um evento maravilhoso para a nossa cidade, que reúne artistas de várias áreas, para a gente é um prazer imenso poder apresentar o forró, este gênero musical brasileiro, para toda esta galera que está aqui assistindo e está trabalhando também. Eu uso artesanato, eu sou do interior, de Glória de Dourados, então meu avô sempre trabalhou com artesanato, minha mãe também trabalhou na Casa do Artesão de Glória de Dourados, e eu utilizo as coisas materiais da minha cidade até hoje na minha casa”.
Texto: Karina Lima
Fotos: Daniel Reino